Preconceito atrasa aluguel de casa a pacientes com transtornos mentais, diz PMM

Prefeitura disse que ainda não alugou imóvel por preconceito de proprietários
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SELES NAFES

Numa audiência realizada na semana passada, a prefeitura de Macapá recebeu do Ministério Público do Estado prazo de 30 dias alugar um imóvel onde funcionará o programa de residência terapêutica. O serviço atenderá pacientes com longos históricos de internação.

Foi a divulgação do caso de Brenda, de 18 anos, no portal SELESNAFES.COM, que reacendeu o assunto. No ano passado, a prefeitura já havia se comprometido em alugar uma residência para instalar o serviço, e atender pelo menos 10 pacientes como Brenda.

Assim como ela, os demais pacientes não possuem mais vínculos familiares e apresentam transtornos mentais graves. Na audiência, a prefeitura alegou que tem encontrado dificuldades em alugar uma casa porque os proprietários desistem do contrato ao saber que o imóvel será usado para atendimento de pessoas com transtornos mentais. 

O Estado, apesar de não ter obrigação legal, voltou a confirmar que contratará 14 profissionais, entre cuidadores de nível médio e terapeutas, que atuarão na residência. Esse tipo de serviço, criado pelo governo federal em 2003, já existe em mais de 400 cidades do país.

Brenda durante atendimento no HE. Fotos: Movimento Anti-manicomial

Por enquanto, Brenda continuará morando em uma quitinete alugada no Bairro Perpétuo Socorro, zona leste de Macapá, graças a uma vaquinha feita entre funcionários públicos.

Brenda, de tem apenas 18 anos, passou a vida inteira morando em abrigos, e na Psiquiatria do Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal). Por isso, ela não sabe cuidar de si e nem da casa onde vive.

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