RODRIGO INDINHO
O rompimento de uma tubulação no meio de uma rua no Canal do Jandiá, na zona norte de Macapá, está provocando o vazamento constante de água tratada, e a falta do produto nas torneiras.
O problema ocorre há mais de uma semana, segundo os moradores da região.
Além da água jorrando, a população do bairro reclama da condição da rua onde há o vazamento. A via está tomada por lama e buracos, e serve de abrigo para animais peçonhentos.
“Faz uma semana que quebrou o cano e a gente ligou e não consegue falar com o pessoal da Caesa [Companhia de Água e Esgoto do Amapá]. Hoje, pela manhã, o meu vizinho conseguiu falar com eles que disseram que não sabem quando vêm. Então, quem sente somos nós, moradores, sem a água nas torneiras. Queria que eles fizessem alguma coisa por nós e viessem consertar o cano que a gente não pode ficar sem tomar banho”, pediu a dona de casa Dulcelina Amoras, de 63 anos.
Moradores estão há uma semana sem água. Fotos: Rodrigo Indinho
“Eu moro há mais de 30 anos no local, e, sempre, nossa rua teve problema com essa lama. Poxa, é só uma rua, o verão está chegando, então, dá para ajeitar. Assim, o governador e o prefeito não vão ter desculpas para não fazerem algo, por culpa do clima”, disse Benedito Oliveira, de 62 anos.
População reclama também da condição da rua Foto: Rodrigo Indinho
O autônomo Joenil Negrão, de 46 anos, disse que é difícil trafegar pelo perímetro, e que nunca viu uma limpeza na região. Ele lamenta o desperdício de água, e teme acidentes no trecho.
“Não podemos nem entrar e sair de nossas casas. Se for a pé, ficamos sujos de lama, de bicicleta, o risco é de escorregar e cair, de carro, o problema da buraqueira faz os donos gastarem muito com peças, e ficam sujeitos a doenças. Então, peço que os governantes olhem por nós e façam ao menos terraplenagem, porque aqui só tem trabalhador e pai de família que precisam de qualidade de vida e de respeito”, reclamou.
Autônomo Joenil Negrão, de 46 anos Foto: Rodrigo Indinho
A Caesa Informou que já emitiu uma ordem de serviço para que o setor responsável faça o reparo, mas não soube informar quando ele será realizado, pois, segundo a ouvidoria, são várias demandas por toda a cidade.