ANDRÉ SILVA
Alunos de uma faculdade particular de Macapá fizeram um protesto em frente a instituição, na tarde de terça-feira (19). Os estudantes dizem que estão tendo problemas com as notas das disciplinas dos cursos de pedagogia e enfermagem. A maioria deles diz que recebeu zero.
Os alunos alegam que o sistema que gerencia as notas da Faculdade Unip está apresentando problemas. Eles chegaram a enviar requerimento solicitando vista da prova corrigida, mas, dizem que não foram atendidos.
José Otávio, de 20 anos, cursa o segundo semestre de pedagogia. Ele disse que, assim como ele, a maioria da turma tirou nota zero nas disciplinas de filosofia, comunicação e ética, relações étnico raciais e psicologia construtivista. Para fazer uma segunda prova, ele teria que desembolsar R$ 100.
“Depois das provas à distância, nós fomos consultar nossas notas e elas não condizem com o que nós estudamos. Para uns, aparece 0, e para outros, 2. A mesma nota que aparece para um, aparece para outro. Uma turma com 80 alunos, todos com a mesma nota”, protestou o aluno.
José Otávio é aluno da faculdade Foto: André Silva
Ele disse que os responsáveis pela instituição não dão respostas convincentes sobre a situação. Os alunos acreditam em erro na correção.
Alana Pastana, do curso de enfermagem, disse que pediu a prova corrigida para a instituição, mas a mesma se recusa a entregar.
“A gente não sabe se tem um profissional qualificado para corrigir as provas. Eles se recusam a mandar para a gente. As datas e as informações que eles mandam, também não batem com o real”, reclamou a aluna.
Alana Pastana cursa enfermagem na instituição Foto: André Silva
Francimara Alcântara, coordenadora da Faculdade em Macapá, negou que haja problemas na correção das provas e disse que o sistema não tem nenhum problema. Ela falou com a reportagem do Portal Selesnafes.com por telefone.
“Não há nada de irregular nesse sentido. Realmente, não existe essa questão de nota para turma ou de turmas erradas. Isso não é verdade”, afirmou.
Os alunos disseram que vão procurar a Justiça, caso a situação não seja resolvida.