OLHO DE BOTO
O quarto envolvido na morte do empresário Rafael Mineiro se entregou à Polícia Civil no fim da manhã deste sábado (30). Edmilson Freitas da Silva, 23 anos, vulgo “Chumbinho”, chegou a ser caseiro da chácara do empresário por sete dias, junto com a esposa.
Ele confessou ter desferido pelo menos 7 das mais de 20 facadas que a vítima levou, quando ele e outros dois comparsas invadiram o local no último dia 26, às margens da Rodovia JK.
De acordo com o delegado Celso Pacheco, que conduz as investigações, apesar da confissão, os depoimentos dos quatro envolvidos entram em contradição. De um lado, está a versão de que Chumbinho teria agido sozinho, contada pelos comparsas. E de outro, o criminoso preso no sábado diz que contou com a participação dos outros bandidos, João Paulo da Costa, de 31 anos, e um adolescente.
“Conhecia os pormenores do sítio, a ideia de ir até o sítio foi dele, na reunião com os outros três”, disse o delegado.
Ex-caseiro indicou local onde abandonou armas e roupas. Fotos: Olho de Boto
Reconstituição
Chumbinho se apresentou no Ciosp do Pacoval e levou a polícia até as margens da Rodovia JK, para indicar os locais onde deixou uma das facas usadas no homicídio e também o local onde abandonou as roupas que estava usando.
Tanto ele, quantos os outros envolvidos afirmaram à polícia que invadiram o sítio pela parte de trás e que estavam desarmados. Segundo os bandidos, a intenção era somente furtar objetos de valor da casa.
Sobre conhecer o empresário Rafael Mineiro, Chumbinho num primeiro momento negou para depois admitir quando o delegado Celso Pacheco expôs saber que ele havia trabalhado na chácara.
Edmilson Freitas diz que outros bandidos também teriam desferido facadas contra o empresário
Luta corporal
Edmilson Freitas da Silva revelou ainda em depoimento que o bando teria encontrado Rafael Mineiro em um dos quartos da residência. A partir daí, a vítima teria entrado em luta corporal com os criminosos, que correram para a cozinha e se armaram com facas para em seguida começar a desferir os golpes contra o empresário.
Investigação continua
O delegado Celso Pacheco informou que as investigações sobre o caso continuam e há a possibilidade de novas prisões.
“Têm outras pessoas que precisam ser ouvidas no inquérito. Não estou satisfeito, pois cada um conta uma versão. Vamos reunir essas informações. A versão dos outros não condiz com o número de facadas, foram 27 perfurações no tórax e nas costas”, explicou Pacheco.
Delegado Celso Pacheco, da DCCP: possibilidade de novas prisões. Foto: Rodrigo Indinho
Além do trio que invadiu o local, foi preso também no último dia 27 um quarto homem que recebeu os televisores roubados da chácara. Railan Augusto da Conceição Oliveira, de 34 anos, ainda tentou se livrar dos aparelhos e indicou para a polícia o local onde um dos envolvidos morava.