ANDRÉ SILVA
Técnicos, acadêmicos e professores da Universidade Estadual o Amapá (Ueap), votaram na quarta-feira (6), nos candidatos ao cargo de novo reitor da instituição.
O gestor terá pela frente a missão de comandar a instituição que nos últimos anos passou por ocupações e paralisações de alunos e técnicos que reivindicavam aumento do repasse do governo e melhoria na estrutura dos prédios utilizados pela universidade.
A professora, Katia Pauline, de 39 anos, é socióloga e nasceu na capital do país, Brasília. Ela está no Amapá desde os nove anos de idade. A educadora foi a candidata mais votada, obtendo 624 votos, que foram: 493 de alunos, 75 de técnicos e 56 votos de professores.

Katia Pauline (esquerda) com a vice, Marcela Videira (direita): mais de 600 votos. Fotos: André Silva
A proposta da chapa de Katia Pauline no pleito foi democratizar as relações e gestão da universidade, além de investir em pesquisa, ensino e ações de extensão.
Em relação aos problemas estruturais da instituição, a candidata mais votada falou que o maior deles é voltado para a questão dos repasses dos recursos do Estado à universidade, que hoje gira em torno de R$ 18 milhões por ano. Devido esses atrasos, houveram paralisações e até ocupações nos últimos anos no campus central.
“A nossa proposta é o afinamento do diálogo com o governo do Estado para que haja uma assiduidade e melhor sistematização no repasse dos recursos da universidade. E ainda um diálogo com representantes do Estado: deputados federais e senadores, no sentido de garantir emendas para investir em nossos projetos”, salientou a professora Katia Pauline.

Após o resultado, candidata foi recebida com festa do lado de fora da sala de apuração. Foto: reprodução
Ela também falou que se for preciso recorrer a empréstimos em instituições financeiras como BNDES, para garantir recursos para a construção do novo prédio da Ueap, ela o fará. Inicialmente, o campus central seria construído às margens da Rodovia JK, no Bairro Zerão. Mas, um sítio arqueológico foi encontrado no local e o processo foi interrompido.
“Pretendemos adotar uma linha para dialogar sobre isso: se vai poder utilizar o espaço para iniciar o investimento ou se não, procuramos um outro espaço”, explicou.