Concorrência faz preço da gasolina cair no AP, diz sindicato

Preços também têm variado de acordo com a forma de pagamento
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ANDRÉ SILVA

O Sindicato dos Postos de Combustíveis do Amapá (Sindposto), avalia que a redução no preço da gasolina no Estado é resultado de disputa de mercado entre revendedores locais.

No entanto, o preço do combustível que sai da Petrobras para as distribuidoras vem aumentando gradativamente desde o início deste mês, de R$ 1,98 no dia 3 de julho para R$ 2, reajuste previsto para esta sexta-feira (6), segundo a estatal.

Esse valores constam na tabela de preço do combustível saindo da refinaria sem impostos. Eles podem ser consultados no site da empresa.

No Amapá, de acordo com o Sindpostos, os preços baixaram devido a livre concorrência. Os donos de postos de combustível, segundo um representante da entidade, praticam o preço que querem para atrair os clientes.

Preço varia de acordo com a forma de pagamento. Fotos: André Silva

“A redução é disputa de mercado. É a livre concorrência. É diferente quando você tabela o preço. Se você tabela não pode baixar. Como não tem tabela mínima, a pessoa pode vender ao preço que achar que deve vender. E é isso que está acontecendo: um baixou e os outros acompanham”, explicou o diretor do Sindpostos, Valter Monte.

O diretor do sindicato que também é dono de posto, disse que a redução beneficia a população, mas afeta o lucro dos empresários.

“Ficamos com a margem de lucratividade muito baixa. Tem posto que vende a gasolina muito barata, mas só tem um frentista na pista. Enquanto os postos que vendem mais caro é diferente”, reclamou o diretor.

Lucivaldo: preço tem dado para rodar o dia inteiro

A reportagem do portal SELESNAFES.COM passou por alguns postos e constatou que em alguns deles o preço já chega a R$ 3,91 o litro. Em outros, o preço ultrapassa os R$ 4,50 se a compra for realizada com cartão, independentemente se ele for de crédito ou débito automático.

Para alguns consumidores, a redução ainda não é a satisfatória. O eletricista Hildemar Castro, de 40 anos, é um desses. Ele disse que teve que comprar uma moto para economizar no consumo do combustível.

“Já trabalhei como frentista e o preço do combustível era bem mais barato. A gente comprou uma moto pra poder diminuir o custo do combustível. O carro só ficou pra passear com a família”, protestou o eletricista.

Hildemar Castro:uso de moto para economizar

Na opinião do soldador, Lucivaldo Mello, de 40 anos, a redução foi boa.

“A gente colocava um dinheiro pra rodar o dia todo e não dava, agora eu sinto que ficou razoável. Ainda não estou satisfeito e se não aumentar é melhor ainda”, disse.

Seles Nafes
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