OLHO DE BOTO
O Batalhão de Operações Especiais (Bope) promoveu na tarde desta quinta-feira (5), uma palestra com profissionais dos meios de comunicação do Amapá sobre gerenciamento de crises. O evento ocorreu no auditório da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e teve como objetivo alinhar os procedimentos operacionais entre a polícia e a imprensa.
Quem explicou os procedimentos aos profissionais foi o comandante do Bope, coronel José Paulo Matias.
De acordo com o comandante, o evento reforçou a boa relação existente entre a imprensa e a Polícia Militar. Matias destacou também a importância do cumprimento pelos jornalistas das orientações repassadas em situações como assaltos com reféns.
“Dentro do cenário de gerenciamento de crise, temos um espaço específico para o profissional da imprensa. Destacamos um relações públicas da Polícia Militar para o atendimento dos profissionais”, explicou.
Prioridade: preservação das vidas
Ao ser indagado sobre a situação ocorrida no último dia 26, em que uma transmissão de rádio interrompeu o processo de negociação entre criminosos e a PM, o comandante alertou sobre o risco desse tipo de interferência que pode comprometer a integridade física dos envolvidos.
“Situações como essa podem causar ações precipitadas do próprio meliante e podemos perder vidas. Nenhum meio de comunicação pode usar o pretexto do furo de reportagem em detrimento da preservação de uma vida humana”, destacou o coronel Paulo Matias.
O militar concluiu destacando um dado positivo. No Amapá, não há ocorrência de situações com reféns que tenham terminado com vítimas fatais.
“Nunca perdemos uma vida, seja da vítima ou o próprio perpetrador. Recebemos parabéns de polícias co-irmãs, de outros estados e até da Guiana Francesa que faz intercambio conosco”, finalizou.
Assalto com refém
No último dia 26, uma família foi feita refém após uma tentativa frustrada de assalto em uma residência no Bairro Santa Rita, área central de Macapá. A negociação entre bandidos e o Bope durou mais de 7h e chegou a ser interrompida quando um programa de rádio local atendeu uma ligação de um dos criminosos.
Foto de capa: Olho de Boto