ANDRÉ SILVA
Há mais de uma semana falta água nas torneiras das casas do Distrito de Fazendinha, a 12 km de Macapá. Os donos de bares e restaurantes temem prejuízos, caso o problema se estenda por mais dias.
A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) informou que o problema está em uma das bombas do sistema que abastece o distrito.
José Natan, de 19 anos, administra um restaurante e bar junto com os pais no balneário de Fazendinha. Ele lamenta ter que usar água do rio para lavar as louças. O líquido demora a chegar nas torneiras.
“A gente tem que estar atento porque, de vez em quando, a água aparece na torneira. É nessa hora que a gente aproveita para pegar o que der. Ontem [terça-feira (17)], tive que pegar no rio para limpar o banheiro”, protestou o trabalhador.
A empresária Laudeci Trindade Xavier, 38 anos, reclama dos gastos diários com garrafões de água mineral para cozinhar. “Estamos comprando água desde domingo (15) para poder trabalhar. Isso acontece sempre. Só esse ano, foram quatro vezes já”, lamentou a empresária.
Mas a falta do produto não atinge apenas os bares e restaurantes do balneário. Nas residências, o líquido também é raro. É do que se queixa Alzirene Dias Gomes, 36 anos. Ela mora em Fazendinha desde que nasceu. A dona de casa relatou que conta com a solidariedade dos vizinhos para conseguir água para os afazeres do lar.
“Aqui sempre falta água. Estamos sem nada desde sexta-feira (13). Estou puxando de um balde do poço do vizinho para poder fazer as coisas dentro de casa”, reclamou.
A Caesa informou que o fornecimento deve ser normalizado até a próxima sexta-feira (20). Segundo a companhia, os moradores do distrito pagam uma taxa mensal pelo fornecimento.