Futuro porto dará lucro em menos de uma década, diz estudo

Projeto foi apresentado nesta sexta-feira (13), no Sebrae
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SELES NAFES

O estudo apresentado nesta sexta-feira (13), no Sebrae de Macapá, por um dos PHDs que escreveu o projeto “Amapá, 30 anos mais”, demonstra que o futuro megaporto poderá dar retorno aos investidores em apenas 8 anos.

A apresentação foi feita pelo pós-doutor em engenharia naval pela USP, Felipe Rugeri, diretor da empresa Argonáutica. O projeto foi encomendado pelo vice-presidente mundial da Praticagem, Ricardo Falcão.

Falcão tem defendido a criação de uma nova região portuária, entre Macapá e o município de Itaubal, na região conhecida como “Pau Cavado”.

“O porto poderá receber os maiores navios do mundo para o transporte de graneis (grãos) e contêineres, podendo também atrair outras cargas”, explicou o professor.

Pós-doutor Felipe Rugeri: viabilidade técnica e econômica. Fotos: Seles Nafes

Com apenas 31 anos, Rugeri também é doutor em ciências e já atuou em mais de 130 projetos portuários pelo Brasil.

O estudo concluiu que se todos os 35 quilômetros de área contínua forem construídos, o que levará pelo menos 30 anos, o Amapá terá o terceiro maior porto do mundo e o maior do Brasil. No entanto, o projeto mostrou que apenas o primeiro módulo do porto, que poderá ser construído em apenas 4 anos, já compensará o investimento somente para atender as cargas de grãos e outros produtos do Amapá.

As principais vantagens do Pau Cavado são as profundidades sem necessidade de dragagem (de até 30 metros) e o espaço do canal para giro de navios com até 400 metros de comprimento sem o auxílio de rebocadores, o que costuma encarecer muito as operações portuárias no Brasil.

Falcão exibe imagem em 3D de um porto que poderá ser construído onde hoje fica a comunidade do Elesbão, em Santana

Santana

Falcão também fez uma palestra sobre o potencial portuário do município de Santana, e apresentou uma maquete eletrônica em 3D mostrando como pode ser um porto construído onde hoje está a comunidade do Elesbão.

A construção do complexo em Santana e na região do Pau Cavado precisará de capital estrangeiro e organização do poder público na destinação das terras e outros incentivos para atração de investidores.

“O estudo comprova a viabilidade técnica do porto, ou seja, que é possível construí-lo sem muitos desafios de engenharia. E também está provada a sua viabilidade econômica, já que esse empreendimento dará lucro em menos de 10 anos”, comentou Ricardo Falcão.

Um aplicativo para smartphones (android) e iphones (IOS) também explica em vídeos alguns aspectos do projeto. O app já pode ser baixado gratuitamente na loja virtual Google Store para Android. A Apple Store deve liberar os downloads nos próximos dias.

A apresentação atraiu representantes do setor produtivo, da classe política e autoridades do Senado e do governo do Estado.

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