Justiça reduz para R$ 50 mil fiança de Dayanne Lima

Valor anterior era de R$ 190 mil. A empresária está presa no Iapen desde abril acusada de lavagem de dinheiro
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SELES NAFES

A Justiça Federal do Pará decidiu reduzir o valor da fiança para libertar a empresária amapaense Dayanne Lima, presa desde abril deste ano no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) acusada de lavagem de dinheiro e estelionato. A fiança, anteriormente arbitrada em R$ 190 mil, foi reduzida para R$ 50 mil.

A decisão foi proferida no último dia 25 (quarta-feira) pelo juiz Antônio Carlos Almeida Campelo, da 4ª Vara Federal do Pará, mas ainda não foi cumprida. Segundo a defesa da empresária, a família ainda está tentando levantar o valor para fazer o pagamento.

Dayanne Lima era mulher do empresário Elton Félix Gobi Lira, dono de uma empresa de consultoria em investimentos do mercado de ações. No ano passado, ele chegou a ficar preso por seis meses em Belém após determinação da justiça paraense, onde responde a vários processos por estelionato.

Elton Lira teria desviado dinheiro de pequenos investidores e de prefeituras do interior do Pará num total de R$ 100 milhões. No Amapá, a empresa dele também é acusada de não devolver ao fundo previdenciário do município de Santana mais de R$ 800 mil que deveriam ter sido aplicados na bolsa de valores.

Dayanne Lima foi presa no dia 20 de setembro no apartamento onde morava, no Bairro Marabaixo I. Fotos: Arquivo/SN

Dayanne Lima é acusada pelo Ministério Público do Pará de usar sua empresa de eventos, a DL, para receber dinheiro do esquema. No entanto, a defesa diz que foi ela, espontaneamente, quem deu subsídios para que o MPF pudesse iniciar a investigação, no começo de 2017.

“Quando ela descobriu que a empresa dela estava sendo usada ela procurou o MPF e disse tudo o que sabia. Quando ela foi conduzida (coercitivamente) em setembro (de 2017), ela novamente disse tudo o que sabia por orientação minha. (….) Ela pensava que todo o dinheiro que o marido tinha era fruto do trabalho que ele fazia na bolsa de valores. Ela é tão vítima quanto as outras pessoas”, garante o advogado da empresa, Elias Reis.

O alvará de soltura da empresária só será emitido se a família fizer o pagamento da fiança. Os pais da empresária moram em Macapá. 

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