SELES NAFES
Em 2016, quando o presidente Kaká Barbosa (PR) anunciou que faria concurso público na Assembleia, o primeiro em quase 30 anos de Legislativo, houve comemoração, especialmente dos concurseiros e estudantes. Quase dois anos depois, Kaká parece ter engavetado o próprio anúncio, e ninguém sabe quando, de fato, o concurso sairá do papel.
Apesar de existir há quase três décadas, a Assembleia Legislativa tem apenas 117 funcionários efetivos do primeiro concurso, realizado em 1990. O número exato de funcionários comissionados ninguém sabe informar, mas alguns estimam em mais de 1 mil.
Uma comissão para organizar o concurso chegou a ser criada. A condução dos trabalhos ficou por conta do deputado Paulo Lemos (PSOL), que até fez a sua parte. Procurado pelo portal SELESNAFES.COM, o deputado explicou que chegou a apresentar o projeto de lei da reforma administrativa.
Segundo ele, antes de elaborar um edital, é preciso modificar nomenclaturas e criar novos cargos no organograma da Assembleia, que ficou ultrapassado.
“A estrutura da Assembleia é muito antiga e possui cargos que não existem mais. É preciso atualizar nos moldes do que é o Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas. Precisamos criar os cargos de analista, técnico e auxiliar-técnico”, explicou o deputado.
A proposta de reforma administrativa foi entregue ao presidente no último dia 15 de junho, mas não há previsão de quando o projeto irá para as comissões ou mesmo se irá. Kaká Barbosa silenciou sobre o assunto.
A Assembleia Legislativa está em recesso, e só deve retornar no início de agosto em marcha-lenta por causa das eleições. Normalmente, nos meses que antecedem a eleição, as sessões são reduzidas de três para uma por semana, já que os deputados estão em campanha pela reeleição.