ANDRÉ SILVA
Moradores do Conjunto Cidade Macapaba, localizado na Zona Norte de Macapá, são obrigados a conviver com o mal cheiro provocado pelo esgoto que transborda 24h por dia. Eles dizem que o problema, localizado no Macapaba 1, persiste há mais de um ano. Algumas unidades da segunda fase, o Macapaba 2, inaugurada há um ano, também já começou a apresentar o mesmo transtorno.
O publicitário Roberto Sousa, 47 anos, mora no conjunto desde outubro de 2017. Ele disse que começou a perceber o problema na quadra onde mora desde o início do ano, e, em abril, notou que o empecilho se agravou.
“Acho que foi entupindo cada vez mais os canos no decorrer que iam chegando mais pessoas. Quando estava funcionando apenas o Macapaba 1, a carga era menor. Quando passou a funcionar a fase dois, houve essa sobrecarga e a situação piorou”, relatou o publicitário.
Os pontos de vazamento do Macapaba 1 estão em pior situação. O problema é mais evidente próximo à rotatória do conjunto, na quadra 9. A rua que corta este perímetro era muito usada por ônibus, pois era onde ficava o terminal do bairro. Com o constante fluxo de coletivos, as tampas dos bueiros acabou cedendo.
“Tá do jeito que você está vendo aí: um horror. O terminal de ônibus era aqui, passou para a rotatória, e, de lá pra cá, ninguém mais olhou pelo Macapaba. Meu carro já caiu aqui dentro da boca de lobo, já tive um prejuízo gigante”, reclamou o porteiro Raimundo Nonato, 41 anos.
A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) informou que já executa serviço de limpeza e desobstrução da rede coletora do conjunto. Segundo o órgão, a equipe chega a retirar do local garrafas e sacos plásticos, frauda descartável e até cabelo. Os objetos acabam obstruindo a passagem da água, o que provoca o entupimento da rede, conforme a Companhia.
A Caesa ficou de enviar uma equipe até os pontos problemáticos para realizar os serviços, mas destacou que a própria população tem sido responsável pelo transtorno, mesmo depois de terem passado por uma campanha de conscientização.