ANDRÉ SILVA
Mesmo depois de ter sido considerada imprópria para banho, a praia da Fazendinha, distrito de Macapá, continua sendo frequentada por banhistas.
As placas que sinalizavam o perigo para a população foram retiradas por vândalos, mas na tarde desta quarta-feira (11), o Instituto do Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Amapá (Imap) voltou a sinalizar o local.
As análises foram feitas durante o mês de junho. Das cinco coletas realizadas no local, em todas o Imap constatou a presença de coliformes fecais acima do permitido.
O mestre de obras, Alacides dos Santos Alves, de 52 anos, disse que não sabia que a água estava contaminada. Ele falou que não tinha como saber, pois o local não estava sinalizado. Alves estava acompanhado da mulher e das duas filhas.
“Não tem placa nem nada avisando. A própria Guarda Municipal que fica por aí não avisa nada pra gente”, reclamou o banhista.
Ana Maria, de 43 anos, é moradora da Fazendinha. Ela disse que quase que diariamente leva as crianças para tomarem banho na praia.
“A gente tem o costume de tomar banho aqui. É um rio de água corrente então a gente pensa que não tem perigo. Todo verão as pessoas dizem que está contaminado, mas todo mundo acaba vindo”, relatou a moradora.
Alan Maciel, gerente do núcleo de análises clínicas do Imap, disse que os exames são feitos todos os anos no mês de junho. Ele disse que não sabe quem retirou as placas de sinalização do local, mas alertou que os banhistas que insistirem em entrar na água podem contrair doenças como gastrenterite, dermatite e otites.
As placas foram colocadas no dia 29 de junho e a informação de que elas não estariam mais no lugar foi dada na terça-feira (10).
“A gente vai repor a placa e adicionar mais uma placa na área de banho, onde concentra mais pessoas para o banho”, falou o analista.
Além de Fazendinha, o instituto está monitorando mais quatro balneários no Amapá: Porto Grande, Ferreira Gomes, Mazagão e o Curiaú. Destes, apenas em Fazendinha foi detectado coliformes acima do permitido.