DA REDAÇÃO
Acusada de arquitetar o assalto à 10ª DP do Distrito de Fazendinha, a 12 km de Macapá, crime ocorrido às vésperas do Natal de 2016, a policial civil Iguaciara Maria Moraes de Castro, a agente Iguaciara, de 55 anos, foi condenada à perda da função pública para a qual era concursada.
À decisão, tomada pela Justiça Amapaense nesta quarta-feira (29), ainda cabe recurso. Contudo, como medida cautelar, ele foi afastada imediatamente do exercício das funções. Iguaciara deverá entregar a arma e o distintivo à Polícia Civil do Amapá. Ela também foi condenada a mais de 4 anos de prisão em regime fechado.
“Nela, a sociedade não acredita mais para depositar confiança como policial, além do que, ficará impossibilitada de exercer sua função em razão do cumprimento da pena de prisão”, diz a sentença. A agente Iguaciara é funcionária do extinto quadro de servidores da União.
O crime
O assalto ocorreu na madrugada do dia 24 de dezembro de 2016. No desenrolar das investigações, sete pessoas foram presas. A agente Iguaciara foi a primeira a ser capturada. Ela foi presa pelos colegas de profissão, cinco dias depois do roubo.
Segundo a denúncia feita à Justiça, na noite do crime, uma agente de plantão, colega de Iguaciara, foi rendida e algemada por dois bandidos armados. Dois revólveres foram roubados da delegacia. Os criminosos queriam mais armas, mas não conseguiram arrombar a sala onde estava guardado o armamento.
A ousadia do crime transformou o caso em questão de honra para a Polícia Civil. Três inquéritos chegaram a ser remetidos ao Ministério Público. Ao final das investigações, a policial civil foi indiciada como mentora intelectual do crime.
Foto de capa: Arquivo/SN