ANDRÉ SILVA
Entre as décadas de 1950 e 1980, jornais impressos do Amapá relataram o aparecimento de Objetos Voadores Não Identificados (óvnis) nos céus do Estado. Os objetos foram avistados por moradores de municípios como Porto Grande, Serra do Navio e Macapá.
O blogueiro do município de Santana, localizado a 17 quilômetros da capital amapaense, Manoel Jordânio, de 39 anos, fascinado pelo tema, decidiu reunir alguns desses relatos. Todos impressionantes.
Jordânio é formado em eletrotécnica e atuou por muitos anos em assessorias de comunicação. Ele tem um blog onde publica notícias do segundo maior município do Amapá.
O blogueiro disse que começou a reunir os relatos há 10 anos. Contou que chegou a catalogar 12 relatos, mas restaram poucos. Segundo ele, apenas dois. Os relatos foram feitos em um espaço de 35 anos.
O primeiro, de acordo com Jordânio, foi publicado em 1952 e o último em 1988. Na década de 1950, foram quatro relatos, mas desses ele tem apenas dois digitalizados.
Testemunhas com credibilidade
“O que eu achei de mais curioso neles é que, em boa parte dos casos informados, o aparecimento dos objetos acontecem durante a tarde e às margens do Rio Amazonas. Outro fato relevante é que os relatos são feitos por adultos de renome como tenentes, brigadeiros e professores. E a palavra deles era mais do que fiel”, explicou o pesquisador.
Ele falou que os relatos mais completos são do ano de 1985, onde as testemunhas oculares descrevem os objetos com mais riqueza de detalhes e vistos com mais frequência.
“No Jornal do Dia de 1988, as pessoas dizem que chegaram a avistar os objetos por mais tempo em rodovias do Amapá”, comentou Jordânio.
O blogueiro tem um arquivo contendo relatos de pioneiros no Amapá. Entre eles, há o de um trabalhador da ICOMI que afirma ter visto objetos luminosos se movimentando pelos céus de Serra do Navio.
Os relatos se encerram em 1988. Desde então, os objetos nunca mais foram vistos.
Sem planos para o material coletado
Emanuel Jordânio disse que não tem planos para o material, mas que ele está aberto para quem quiser usar como fonte de pesquisa.
Ele apresentou para a reportagem do portal SELESNAFES.COM apenas dois recortes de jornal digitalizados: de 1952 e 1953, ambos jornais institucionais na época em que o Amapá ainda era território. Os demais recortes, segundo o blogueiro, se perderam no decorrer do tempo.