Eleição no Amapá terá guerra de marketing

Candidatos ao governo travarão batalhas de críticas mútuas em todas as plataformas
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SELES NAFES

A eleição deste ano para o governo do Estado do Amapá promete ser uma das mais acirradas e recheadas de ataques. Sob a direção de marqueteiros e coordenadores, as campanhas irão convergir para um aspecto em comum: a crítica.

O candidato do Democratas, o senador Davi Alcolumbre, por exemplo, vai concentrar fogo no discurso de que ele representa o novo. Davi fez uma carreira bem-sucedida como parlamentar. Contudo, ele perdeu a única eleição de executivo que disputou, em 2008, para a prefeitura de Macapá.

O primeiro filme de campanha dele já revelou a coluna vertebral da campanha. A peça foi produzida para as redes sociais pelo publicitário Saulo Santana, marqueteiro que atua na Bahia e nas campanhas de Davi em duas eleições. A essência do roteiro foi uma forte crítica à polarização entre Waldez (PDT) e Capiberibe (PSB), os dois na disputa que já tiveram mandatos como governador.

Por outro lado, Waldez e Capiberibe vão beber da mesma fonte. Waldez tentará colar a imagem de João Capiberibe a do filho, Camilo (PSB), que governou o Amapá entre 2011 e 2015, e deixou o mandato com altos índices de rejeição. 

Waldez dirá que assumiu o Estado em dificuldades administrativas e financeiras, e que elas pioraram com a crise nacional. Também vai falar de obras paralisadas e atrasos de repasses previdenciários e consignações. Mesmo assim, afirmará que o Amapá não parou. O marqueteiro de Waldez será André Torreta.

André Torreta é o marqueteiro de Waldez. Fotos: Reprodução

Capiberibe terá como marqueteiro o publicitário Walter Júnior, que dirigiu a campanha de Camilo em 2010. Já que em 2014 explorar a prisão de Waldez (em 2010) não surtiu efeito (o pedetista venceu Camilo no 2º turno), essa estratégia ainda será reavaliada.

No entanto, é certo que temas como a violência e o desemprego estarão na ordem do dia. Além disso, Capiberibe pretende afirmar que Waldez foi o político que mais governou o Estado, e que pretende chegar agora ao 4º mandato sem ter tido avanços significativos.

As operações da PF no Imap estarão nas primeiras peças que serão produzidas, além da alta rejeição de Waldez apontada em pesquisa do Ibope. Também há uma preocupação em explicar para a nova geração de eleitores a história política do casal Capiberibe.

O publicitário Saulo Santana é responsável pela criação de peças na campanha de Davi

Cirilo Fernandes (PSL) tem como coordenador de peças publicitárias o jornalista Jeferson Fassi, que atua na televisão do Amapá e em revistas.

O candidato pretende explorar bastante a imagem de Jair Bolsonaro, e criticar o revezamento no governo do Estado entre Waldez e Capiberibe. Davi também não deverá escapar das críticas, especialmente por causa de votações polêmicas no Congresso.

Gianfranco Gusmão (PSTU) vai bater em todos no estilo “metralhadora giratória” da legenda que todos já conhecem, isso se conseguir resolver os problemas na Justiça Eleitoral por conta de falhas no registro da candidatura. Ele não tem marqueteiro.

O jornalista Jeferson Fassi criará as peças da campanha de Cirilo Fernandes

Seles Nafes
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