Em Macapá, Marina diz que vai acabar com a “indústria do Refis”

No Amapá para acompanhar a campanha de aliados, Marina Silva comparou o Refis à grilagem de terras
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SELES NAFES

Em Macapá, a candidata a presidente da República, Marina Silva (Rede), disse que seu governo fará uma reavaliação do Refis, o programa que permite às empresas refinanciar suas dívidas de tributos.

Marina passou o sábado (18) no Amapá onde acompanhou o primeiro comício da campanha do senador Randolfe Rodrigues (Rede) e do candidato ao governo do Estado, Davi Alcolumbre (DEM).

Falando sobre recuperação da economia, Marina disse que uma das prioridades será o combate à corrupção e a busca pelo equilíbrio das contas públicas, inclusive com realização de reformas, como da Previdência.

“Mas sem o prejuízo para a população, como estava querendo fazer o governo Temer. (…) Fechando o dreno da corrupção haverá dinheiro para os investimentos em moradia, infraestrutura e geração de empregos na cadeia do turismo e economia sustentável com investimento em energia de biomassa, solar e eólica”.

Marina: Refis é grilagem do orçamento público. Fotos: Seles Nafes

Marina criticou o refinanciamento de dívidas fiscais das empresas, e comparou o Refis à grilagem de terras.

“Vamos fazer uma avaliação criteriosa da indústria o Refis, que hoje é uma espécie de grilagem do orçamento público. Assim como os grileiros ocupam terras públicas e depois conseguem legalizar, existem aqueles que não pagam (tributos) porque sabem que essas dívidas poderão ser renegociadas”, explicou.

Ela criticou o governo do PT e outros adversários que estão na disputa pela presidência da República.

“Esses já tiveram suas chances e estão entregando o Brasil pior do que encontraram”.

Violência

A candidata disse que pretende elaborar um plano nacional de segurança pública, com a criação de um sistema que vai integra ações dos estados e União.

Marina defendeu a reforma da previdência

Ela criticou a ideia de liberar o porte de arma para a população.

“Não será com mais violência que vamos acabar com a violência, principalmente numa sociedade vulnerável que tem 63 mil pessoas assassinadas por ano, sendo 33 mil jovens. Não é armando as pessoas que vamos acabar com a violência. Não vamos transferir para a sociedade o que o Estado deveria fazer”.

A candidata disse que vai ampliar a rede de proteção e as delegacias especializadas de combate a crimes contra as mulheres, além de estimular o empreendedorismo comunitário.

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