Escola está há 4 meses sem aula e preocupa pais

Após três adiamentos de retorno, nova data para começar segundo bimestre é 15 de agosto
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RODRIGO INDINHO

Após interrupção para reforma e dois adiamentos no retorno das atividades na Escola Estadual José de Anchieta, na zona sul de Macapá, direção e representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seed), realizaram na tarde de quinta-feira (2) uma reunião com pais, alunos e professores.

O objetivo foi apresentar o dia 15 de agosto como nova data para o retorno das aulas. Escola e governo dizem que o aprendizado não será prejudicado, mas os pais estão preocupados.

A escola estava há mais de quatro décadas sem reformas e com riscos de acidentes. Com a conclusão do primeiro bimestre, as aulas foram paralisadas no mês de Abril para a realização de melhorias na estrutura do prédio.

Daniela da Silva, mãe de aluno: adiamentos são prejudiciais. Fotos: Rodrigo Indinho

Após 4 meses, a obra está pronta, mas um problema na instalação elétrica que não suportaria a potência das 16 centrais de ar compradas fez o projeto passar por adequações e o início das aulas ser adiado novamente.

Preocupação dos pais

Samuel Oliveira, é pai de aluna e da comissão de fiscalização. Ele explicou que a reforma do prédio era parte das reivindicações da comunidade escolar, mas acabaram ocorrendo erros de planejamento.

“Tivemos até reunião com o Ministério Público, onde a Seed (Secretaria de Estado da Educação) garantiu o retorno às aulas no dia 1. Foi feita uma instalação para receber um tipo de central de ar de 42 BTU’s e vieram centrais de 48 BTU’s. A nossa insatisfação é o prejuízo que nossos filhos estão tendo. Apesar da força tarefa pra terminar antes, nos estamos preocupados com isso”, disse o pai.

Samuel Oliveira: erros de planejamento

A técnica em enfermagem e mãe de aluno, Daniela da Silva, também criticou o atraso.

“Eles nunca estão cumprindo com as datas. Já foram duas e agora estamos na terceira data e as aulas não começam. Até agora não mostraram uma solução de plano pedagógico e como isso vai ser desenvolvido. Por que não pensaram na reforma em outro momento? Isso foi totalmente prejudicial”, desabafou.

Direção

O diretor da escola, Deusiclei Santos, disse que o alongamento no prazo de entrega do prédio reformado se deu também por conta de uma mudança de empresas que trabalharam na obra. 

“A climatização era uma demanda da comunidade, as salas estão prontas, vedadas. Decidimos pela paralisação após o primeiro bimestre para não por as crianças em risco”, disse o gestor.

Diretor da escola, Deusiclei Santos: escola estava há mais de 40 anos sem reforma

Santos explicou ainda que a previsão é que o calendário letivo se estenda até o dia 28 de fevereiro de 2019, já considerando a recuperação escolar.

Seles Nafes
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