INFORMATIVO
Um evento que homenageou a cultura e a história do Amapá marcou a apresentação, na noite desta quarta-feira (15), da Idealiza Urbanismo, empresa do Sul do Brasil especializada em empreendimentos imobiliários de alto padrão. A empresa anunciou que construirá, na zona norte de Macapá, um conjunto de “home resorts”.
A Idealiza Urbanismo é uma empresa do Rio Grande do Sul que é líder no Brasil em empreendimentos imobiliários de alto padrão. A especialidade são condomínios, bairros planejados (abertos ou fechados) e construção de edifícios-torres.
O receptivo para empresários, classe política e outros convidados foi organizado no interior da Fortaleza de São José de Macapá. O local foi escolhido pela empresa para homenagear o Amapá e simbolizar o início de uma relação duradoura.
No imponente portal do monumento foram projetadas imagens das manifestações culturais e de belezas naturais do Estado. A projeção da Bandeira do Amapá coloriu a entrada da Fortaleza. Violinistas saudavam todos os convidados que eram recebidos com champanhe e outras bebidas.
A área campal da Fortaleza foi ornamentada com bastante sofisticação e conforto. Uma iluminação especial realçou os pontos mais bonitos do monumento, como a capela dos soldados portugueses.
“Reza a boa etiqueta que quando pretendemos ter uma relação longa precisamos primeiro nos apresentar”, justificou o diretor-presidente da Idealiza Urbanismo, Ricardo Costa.
Representantes do setor econômico, como o presidente do Sindicato das Empresas da Construção Civil (Sinduscon), Glauco Cei; o superintendente regional da Caixa Econômica, Ederson Negri; o secretário de Cidades do governo do Estado, Alcy Matos; e o prefeito de Macapá, Clécio Luís (Rede), estiveram no evento.
O gerente geral da Caixa Econômica, Célio Lopes, lembrou que o banco é o maior parceiro dos empreendimentos imobiliários do Amapá.
“A Caixa fomentou o mercado, e hoje a gente percebe que o mercado tem autonomia a ponto de atrair novas urbanizadoras, o que é bom para a concorrência e elevação da qualidade oferecida”, avaliou.
O prefeito Clécio Luís disse que os empreendimentos são bem vindos, independentemente das classes sociais que serão atendidas.
“Ajudam a organizar a cidade que passou duas décadas vivendo um crescimento desordenado. Além disso, gera emprego, renda e uma nova perspectiva urbanística. A gente vinha crescendo muito em direção às áreas de ressaca. Esses empreendimentos fazem um cordão de isolamento para as áreas que precisam ser preservadas”, ressaltou.
“Estamos num momento do Estado do Amapá muito bom. Temos que ter uma política de Estado, contínua e com desenvolvimento. O Amapá não pode ser periferia do Brasil, pelo contrário, somos a porta de entrada do Brasil”, frisou o presidente do Sindicato das Empresas da Construção Civil, Glauco Cei (Sinduscon).
O projeto
O objetivo do evento era apresentar a Idealiza Urbanismo à sociedade, parceiros e investidores. Um próximo evento, que deverá ser realizado dentro de um mês, apresentará os detalhes do projeto concebido para a zona norte de Macapá.
As únicas informações divulgadas até agora são o tamanho da área, cerca de 1 milhão e meio de metros quadrados, que receberá um investimento de aproximadamente R$ 150 milhões.
O diretor e sócio da empresa, Fabiano de Marco, conversou com o portal SelesNafes.Com.
Há quanto tempo a empresa está aqui no Amapá?
Viemos em 2012. Adquirimos uma área de 150 hectares para fazer um conjunto de home resorts.
O que é um home resort?
A Idealiza Urbanismo revelou ontem o conceito, e no próximo evento revelará os detalhes. Mas garanto que é uma inovação. É um conceito acima de condomínios e loteamentos fechados. É a evolução disto.
Não dá para adiantar mais nada?
Hoje é o momento de apresentar a empresa à cidade de Macapá. É o marco zero. Antes de apresentar o produto temos que apresentar a empresa. Costumo brincar que na relação contratual o primeiro preenchimento são as partes e depois o objeto do negócio. Hoje são as partes.
Onde fica a matriz da Idealiza Urbanismo?
A empresa tem sedes em São Paulo (SP) e Pelotas (RS). Nós temos empreendimentos entregues no Sul e áreas contratadas e projetos em desenvolvimento em Pelotas, Rio Grande (RS), Santa Maria (RS), Blumenau (SC), Aracajú (SE), Uberlândia (MG), Macapá (AP), Boa Vista (RR) e Campinas (SP).
Que empreendimentos vocês estão construindo nessas localidades?
Construímos bairros planejados. Temos um case nacional chamado Parque Una, que são 32 torres de R$ 1 bilhão e 200 milhões no conceito de novo urbanismo.
O que é o novo urbanismo?
Do ponto de visto acadêmico o urbanismo se divide em duas categorias: modelo americano de condomínio fechado, com deslocamento por rodovias; e o novo urbanismo, mais voltado para o pedestres e o ciclistas, com barzinhos, cafés… São escalas e projetos diferentes.
O que garante a segurança dos bairros planejados abertos?
Questões sociológicas e antropológicas. São vários fatores que se somam, como o conceito “olhos na rua”. Quanto mais denso e povoado o lugar, maior o controle social. O segundo aspecto é vinculação das pessoas a uma associação, onde todos os moradores contribuem com essa associação mesmo se tratando de lugar aberto. Ela arrecada um real por metro quadrado e aplica em jardinagem, limpeza, fomento a atividades culturais e segurança. A segurança não se dá pelo controle do acesso, e sim pelo monitoramento por câmeras de 360 graus, zoom… Há também o cercamento digital, similar a de pedágios, que registra todos os carros que entraram e saíram mediante fotografia e lançamento num sistema coordenado por uma equipe de segurança.
Esse será o conceito em Macapá?
Não. Aqui temos rodovias generosas, como a Norte/Sul (a ser concluída), BRs-156 e 210, com capacidade para grandes fluxos de tráfego, e áreas para expansão onde faremos um empreendimento fechado nesse conceito de home resort, que será revelado.
Mas o nome já entrega um pouco do que se trata, não?
(Risos). Sim. Deixo em parte revelado por causa do nome, mas os detalhes e toda a expertise que vem serão revelados em 30 dias.
Já deve existe um cronograma de obras…
Sim. Aqui no Norte nós aprendemos que temos que fazer as obras em alguns períodos do ano (por causa da estação chuvosa). Estimamos fazer 3 verões (período de estiagem na Amazônia).