Crônica, por SELES NAFES
Após uma semana pra lá de tumultuada no PDT, o vice-governador do Amapá, o cardiologista Papaléo Paes (PSD), resolveu se recolher ao bunker do silêncio. Não atende mais aos telefonemas e nem responde às mensagens. Também não foi mais visto em nenhum evento oficial, com exceção da convenção de seu partido, na última quinta-feira (2).
Apesar de prometer incendiar o governo com uma suposta “carta-bomba”, o fato é que as ameaças de Papaléo Paes nunca foram levadas a sério, talvez nem mesmo por ele. O senso comum é de que ele apenas esperneou. E só.
Magoado pela possibilidade de ser preterido na chapa de Waldez Góes (PDT), Papaléo disse que estava sendo trocado por Jaime Nunes por uma questão de viabilidade financeira da campanha. Jaime negou qualquer articulação dele para ocupar a vaga, e talvez nem ele seja o nome escolhido.
Para o establishment pedetista, Papaléo deu um tiro na cabeça quando ainda era o preferido para seguir em frente na chapa. Aloprou ao seu melhor estilo.
Isolado do jogo e aniquilado temporariamente por mérito próprio, Papaléo deixou uma estrada pavimentada para Jaime e outros nomes como Marcivânia, que chegou a ser convidada, mas declinou.
A decisão será particular do governador, que inclusive já pode ter feito a escolha. O dono do segredo, no entanto, promete divulgar a opção que fez apenas no palanque da convenção do PDT, marcada para este sábado (4), às 18h, na quadra do Santa Inês. É o mesmo palco da convenção de um de seus rivais na disputa, Davi Alcolumbre (DEM), realizada nesta sexta.
Foto de capa: Cássia Lima