SELES NAFES
O policial militar Kássio de Mangas dos Santos foi exonerado do cargo que ocupava no Palácio do Setentrião. O decreto, assinado pelo governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), foi publicado nesta quarta-feira (15).
A assinatura do decreto é de segunda-feira (13), mas foi para publicação na terça, dia em que ele se apresentou na Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM) e foi preso por ordem da Justiça.
Ele ficou desaparecido por dois dias após o assassinato da cabo da PM Emily Karine, de 29 anos, com quem vivia há cerca de dois anos. O homicídio ocorreu no domingo do Dia dos Pais (12), na quitinete onde moravam, no Bairro do Pacoval, zona leste de Macapá.
Kássio de Mangas está no Centro de Custódia do Iapen, lugar onde ficam presos funcionários públicos acusados ou condenados por crimes. A justiça ainda não julgou um pedido de habeas corpus protocolado pela defesa.
O policial ocupava o cargo de Responsável por Atividade Nível III, na Procuradoria de Precatórios e Requisição de Pequeno Valor.
Apesar de ser uma função do quadro funcional da Procuradoria Geral do Estado (PGE), o soldado estava prestando serviços no gabinete civil, onde era considerado uma pessoa calma e amistosa com todos os colegas.
Mesmo sendo assassino confesso e indiciado no inquérito por feminicídio, ele continuará recebendo os vencimentos como policial militar, pelo menos até o julgamento do processo ou a realização de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Emily Karine foi morta com três tiros. Ela ainda foi socorrida com vida, mas morreu no Hospital de Emergência no início da noite. O corpo dela foi sepultado na terça-feira.