ANDRÉ SILVA
A falta de sinalização adequada e a imprudência de motoristas estão incomodando os moradores do Infraero 2, na zona norte de Macapá. Eles dizem que condutores de veículos se aproveitam das boas condições da Av. Carlos Lins Cortes, principal via do bairro, para abusar da velocidade.
A via está em obra há mais de dois anos. O projeto original contempla serviço de pavimentação asfáltica, calçadas, meio fio e sinalização.
A avenida foi completamente asfaltada e, há pouco menos de dois meses, a empresa que está realizando os serviços pintou uma faixa contínua de ponta a ponta da via, mas, ela começa a desaparecer no asfalto devido o auto fluxo de veículos.
Quem corre o maior risco são as crianças que trafegam todos os dias pelo local. O autônomo Elizeu Almeida, de 39 anos, mora no bairro há onze anos. Ele diz que se preocupa com a segurança da filha, que estuda na escola Vera Lucia Pinon, localizada às margens da avenida.
“Pela parte da manhã, é muito perigoso. Eu mesmo já testemunhei condutor frear em cima de criança atravessando a faixa de pedestre”, disse o autônomo.
Para ele, a solução seria a colocação de redutores de velocidade, pela Companhia de Trânsito de Macapá (Ctmac).
“Que fiscalize e, se possível, coloque alguma coisa para reduzir a velocidade desses veículos – tachões, lombadas, para que nenhuma criança venha a ser vítima dessa imprudência”, pediu.
Paulo Roberto tem uma oficina de motocicletas às margens da avenida. Ele disse que o local melhorou muito depois do asfalto, mas, deixou a desejar no quesito sinalização de trânsito.
“Tem muita gente que anda de bicicleta, idosas que trafegam por aqui. Só andam em alta velocidade aqui. Falta sinalização”, observou.
A Ctmac informou que já fez uma análise da sinalização aplicada na pista, e detectou que ela está errada. Segundo o diretor de Trânsito, Antonio Roberto, a faixa deveria ter uma interrupção a cada esquina, e isso não acontece.
“Nós não podemos notificá-los até que eles entreguem a obra, mas, podemos adiantar que a sinalização está errada”, garantiu o diretor.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Transportes do Amapá (Setrap), que ficou de se posicionar por meio de nota.