Debate da Record: Candidatos evitam acusações, mas intensificam críticas

Os cinco candidatos compareceram ao primeiro debate de televisão na eleição deste ano
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SELES NAFES

O primeiro debate na TV entre os candidatos ao governo do Amapá foi marcado por um embate concentrado entre os três mais bem colocados nas pesquisas: Davi Alcolumbre (DEM), João Capiberibe (PSB) e Waldez Góes (PDT).

O debate realizado pela TV Equinócio, afiliada da Rede Record (Canal 10), começou às 18h, e foi transmitido também pelo Facebook com boa audiência. A mediação foi da jornalista Cristina Lemos, da Record de Brasília. 

Os dois primeiros blocos foram de perguntas entre os candidatos, e o terceiro de perguntas feitas pelos jornalistas da emissora onde os candidatos puderam escolher um concorrente para comentar, seguido de réplica.

Davi acusou Waldez de ter usado um discurso de apropriação de obras construídas com recursos da bancada federal e do BNDES.

Waldez respondeu que nenhuma ponte da BR-156 tinha sido feita com recursos do BNDES, e lembrou que Davi votou na reforma trabalhista. Davi não pôde responder porque não tinha mais direito a tréplica.

Equipe da Record de Macapá que trabalhou na realização do debate. Fotos: Haroldo Santos

Capi lembrou que em seus dois mandatos como governador comprava dos moveleiros e construiu indústrias de polpa de frutas. Ele afirmou irá industrializar o Amapá para produzir frango, ração e piscicultura usando a soja como base.

O candidato do PSB perguntou a Gianfranco qual contribuição ele daria a esse processo, e Gian respondeu que não apostará no agronegócio, mas, sim, na agricultura familiar, pois a produção de grãos em larga escala gera violência e desemprego no campo, segundo ele.

Gianfranco acusou o PSL de Cirilo Fernandes de ser contra as minorias. Cirilo respondeu que é contra apenas a corrupção e o desperdício de dinheiro público. Disse que se considera preto, uma prova de que o partido não é discrimina raças.

Embate

O embate entre Waldez, Davi e Capiberibe foi mais recorrente. Houve muitas trocas de críticas sobre crises herdadas, demissão de vigilantes, mas os três não fizeram acusações de cunho pessoal.

Waldez disse que precisou administrar duas crises, uma deixada pelo antecessor, Camilo Capiberibe (PSB), e outra nacional. Lembrou que mesmo assim foi possível realizar concursos e deixar outros seis processos seletivos programados.  

Capiberibe respondeu que vai acabar com o parcelamento de salários reequilibrando as contas do Estado.

Gian franco perguntou a Davi o que ele ia fazer para gerar empregos, apesar de ter votado pela terceirização e outros itens da reforma trabalhista.

Davi respondeu que vai gerar emprego retomando 170 obras paralisadas, lembrando que as obras públicas que mais empregam trabalhadores estão sendo tocadas com recursos federais, citando o Hospital Universitário, o Aeroporto de Macapá e o Hospital do Câncer de Barretos, na zona norte.

Waldez foi perguntado pelos jornalistas sobre o que fará para resolver o problema de saneamento básico. Waldez respondeu que está ampliando o sistema de água, e citou Santana, mas que existem poucos recursos federais para as obras.

Davi foi escolhido por ele para comentar. O senador começou atacando Waldez, afirmando que por onde tem andado tem ouvido a reclamação da população sobre a falta de água.

Waldez disse que os únicos recursos federais que usou foram salvos pelo Estado, e que está usando recursos próprios na Baixada do Ambrósio, no município de Santana, dando a entender que teve pouco apoio de Davi para conseguir recursos.

O último bloco foi de considerações finais, onde cada candidato teve 1 minuto para fazer um resumo e pedir o voto. O debate terminou por volta das 19h50min. 

Seles Nafes
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