RODRIGO INDINHO
A Escola Estadual Modelo Guanabara, localizada no Centro de Macapá, alcançou a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2017, e conseguiu ultrapassar a meta de 2019. Criada em 1967, a instituição foi a mais bem pontuada no Amapá, com a nota 6.4 no medidor da qualidade do aprendizado nacional.
A escola atende a cerca de 600 alunos em 18 turmas do 1° ao 5° ano do ensino fundamental l, nos turnos manhã e tarde.
Para Luciana Machado, diretora da instituição, o diferencial é a metodologia pedagógica que se divide em quatro aspectos: o cumprimento do calendário efetivo dos dias e horas previstas; a formação continuada do professor em serviço, que é de 40 horas semanais, porém, na escola são 20 horas para planejamento; o reforço escolar; e, projetos desenvolvidos paralelamente às tradicionais aulas.
“Nossa escola é viva. Aqui, o aluno não só copia e resolve atividades. Eles estão na sala de aula, porém, logo saem e se pode ver uma turma em um ambiente, outra ensaiando música, outras fazendo atividades lúdicas, tudo como parte da rotina da escola permeada por profissionais que acreditam nas crianças e gostam do que fazem”, falou a diretora.
Segundo ela, os profissionais trabalham para que as linguagens tenham destaque e as crianças saibam se expressar na escrita e de forma oral, através das atividades mostradas em eventos abertos ao público. Um grupo de alunos do 5° ano comentou o que acha do ensino e qual o diferencial da escola em seu ponto de vista.
“As pessoas aqui têm carinho por nós, resolvem todos os nossos problemas, não falta lanche. Quanto mais aprendo aqui, mais chance de ser alguém com um futuro promissor, terei”, elogiou Quézia Torres.
“Aqui, sou instruído a melhorar como pessoa e ser um cidadão de bem”, falou Gabriel Santos.
“A variedade de projetos que a escola nos oferece, como o Raio de Sol e Lied, me faz gostar de aprender diferentes coisas de diversas formas”, disse Diego Kauê.
“Gosto de realizar apresentações culturais e elaborar coisas, e, aqui, o estudo é diferenciado. São apenas detalhes, mas, que são de um grande diferencial”, citou Daniel Gouveia.
A direção da escola destaca que não há segredo algum, apenas segue o que a lei propõe e o que o currículo prega de acordo com as normas escolares.
“Recebemos o que todas as escolas do mesmo patamar de alunos recebem, porém, aqui não falta merenda, as salas são climatizadas, carteiras e paredes não são pichadas, temos alunos educados, e, apesar de uma estrutura antiga, o ambiente é limpo e as crianças se sentem aconchegadas”, descreveu Luciana.
“Ressalto que se nós olharmos, o Guanabara obteve média 6.4 no estado, mas, em comparativo com o Brasil, não está bem. Precisamos enxergar o que acontece dentro do estado. Não adianta propor políticas e as escolas não buscarem ações, esse trabalho precisa ser em conjunto e com a ajuda de todos”, finalizou a diretora.