SELES NAFES
O juiz Valter Bueno Araújo, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, determinou o início do cumprimento da pena do empresário Carlos Humberto Montenegro, de 57 anos, condenado pelo assassinato da modelo amapaense Patrícia Melo, de 21 anos. A justiça negou o último recurso do empresário.
O portal SelesNafes.Com ainda não conseguiu confirmar se o mandado de prisão definitiva já foi cumprido. Consta no documento emitido pelo TJDF que Montenegro, que era dono de uma empresa de vigilância no Amapá, ainda mora no Bairro Alvorada, na zona oeste de Macapá.
Em fevereiro deste ano, ele foi condenado a 9 anos de prisão, em regime fechado, por homicídio com motivo torpe. Na manhã do dia 7 de janeiro de 2005, por volta das 6h30min, Patrícia Melo morreu ao ser jogada do 14º andar de um hotel de luxo, em Brasília, onde os dois estavam hospedados.
O empresário foi denunciado pelo Ministério Público do DF. Baseada em provas periciais, a denúncia afirmou que a modelo foi arremessada do apartamento, descartando por completo a hipótese de suicídio.
Patrícia Melo trabalhou por dois meses na empresa de Montenegro, mas teria pedido demissão em função de assédio sexual. A denúncia do MP afirma ainda que, “com o propósito de tê-la a qualquer custo”, o empresário a convenceu de viajar com ele para Brasília, onde ficaram hospedados no mesmo quarto de luxo.
“(…) Ocorre, porém, que, como a vítima não cedeu ao assédio, recusando-se a com ele permanecer na cidade (não tinha completado nem 24 horas em Brasília), o denunciado, em revide, a lançou do alto do 14º andar do prédio, pela sacada do quarto abaixo”, afirma trecho da denúncia.
Apesar da condenação, Montenegro conseguiu se manter livre da prisão graças a vários recursos.
Patrícia Melo era estudante de jornalismo, e foi eleita Musa Verão em 2003. Ela nasceu no município de Pracuúba, e morava com a família no Bairro do Muca, na zona sul de Macapá. No ano em que morreu, 2005, ela pretendia disputar o concurso Miss Brasil.