SELES NAFES
Deu deserto o pregão que resultaria no leilão de parte do Porto de Santana, a 17 quilômetros de Macapá. O processo, realizado em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (28), não teve oferta nem da Amcel.
A empresa, que exporta cavaco de madeira para produção de celulose e móveis, ainda utiliza os 22 mil metros quadrados que foram a leilão nesta sexta, por determinação da Agência Nacional de Transportes Aquáticos (Antac).
A Amcel ainda possui o contrato de exploração da área, que termina no fim do ano que vem. A leilão escolheria uma empresa substituta ou a própria Amcel, caso ela fizesse alguma oferta, o que não foi o caso.
“Talvez a Antac repita o processo com as mesmas características, ou amplie o leque. A Amcel continuará na área e a Antac vai nos orientar agora sobre o que será feito”, explicou o presidente da Companhia Docas de Santana (CDSA), Paulo Roberto, que foi a São Paulo acompanhar o leilão.
O portal SelesNafes.Com apurou que a Amcel está preparando um novo porto dentro de sua própria área para fazer o carregamento de grãos e cavaco de madeira, mas esse novo porto ainda não está pronto e não tem data para começar a operar.
Se o leilão fosse bem-sucedido hoje, a empresa teria um prazo de até quatro meses para deixar o local. Atualmente, a Amcel exporta mais de 800 mil toneladas de cavaco por ano, especialmente para a Ásia.
O lance mínimo do leilão era de R$ 5 milhões para 25 anos de exploração. A empresa que arrematasse teria que realizar investimentos de R$ 60 milhões. O restante do Porto de Santana é administrado pela CDSA, estatal que pertence à prefeitura de Santana.