SELES NAFES
Piorou o transtorno causado pela lixeira pública de Oiapoque, cidade a 590 quilômetros de Macapá, na fronteira com a Guiana Francesa. O lixo continua sendo depositado de qualquer jeito pela prefeitura, e a fumaça tóxica aumentou nos últimos dias.
O problema foi mostrado no portal SelesNafes.Com no último dia 28 de agosto. Após a publicação houve movimentação do terceiro setor, Executivo e do Judiciário.
O assunto será discutido em três audiências este mês. A primeira será no dia 10, e está sendo organizada por movimentos sociais da região, como o Irmãos da Fronteira, Acorda Oiapoque e o Povo que Luta, entre outros.
A prefeitura também marcou uma audiência pública para discutir o assunto no dia 11. No dia 18, será a vez de uma audiência na Justiça Federal que terá a participação de representantes do Estado e do Municípios, ambos condenados numa ação civil pública movida pelo Ministério Público e que transitou em julgado em 2014.
“A prefeitura abandonou de vez. O compromisso que ela assumiu com o Ministério Público era manter a entrada vigiada com uma porteira. Eles não estão dando conta e o município ainda está jogando no ramal que vai pro quartel do Exército em Clevelândia”, comentou o advogado Genivaldo Marvulle.
O lixão fica a menos de 1 quilômetro da sede do município. Carcaças de animais menores e até de bois são jogadas no local.
Durante o dia, pessoas tocam fogo no lixo para espantar insetos e outros vetores. A fumaça, extremamente tóxica, invade Oiapoque e chega a Saint-Georges, na Guiana Francesa, prejudicando moradores e o comércio.