OLHO DE BOTO
A Polícia Civil do Amapá detectou, através de imagens de satélite, uma extensa área desmatada na região do Ariri, distrito do município de Macapá, distante 33 quilômetros da capital.
Uma força tarefa, composta pela Delegacia do Meio Ambiente (Dema) e Instituto do Melo Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá (Imap), se deslocou até a área e constatou o crime.
De acordo com o delegado Leonardo Brito, que comandou a operação, apenas uma fazenda desmatou 7 hectares, área equivalente a 70 mil metros. Uma das principais causas do crime é a extração ilegal de madeira .
Na chegada da polícia, homens foram flagrados cortando árvores com motosserras. As máquinas foram apreendidas e os responsáveis presos. O Imap fez a parte administrativa, aplicando as multas e as fazendas foram embargadas.
“O pessoal ainda acha que pode desmatar sem ser notado. Hoje, com as imagens de satélite, a gente tem acesso a todos os desmatamentos do Estado do Amapá. Se o indivíduo praticar qualquer forma de desmatamento sem autorização, vai aparecer um alerta no satélite e a equipe vai ser acionada. Foi o que aconteceu, essas pessoas achavam que iam ficar impunes. Todas elas vão ser indiciadas por crime ambiental. Um procedimento criminal vai ser encaminhado ao Ministério Público e elas vão ter que reparar os danos causados”, relatou Leonardo Brito.
A Polícia Civil informou que todos os envolvidos, não identificados, foram indiciados e em seguia liberados. Todos responderão pelo crime ambiental em liberdade A investigação sobre o caso continua.
Uma das fazendas desmatadas fica localizada às margens do leito de um rio. As conseqüências do ato são desastrosas e podem levar a extinção de espécies de animais e vegetais, causando desequilíbrio no ecossistema. Além da erosão do solo, que passa a ficar desprotegido com o corte das árvores.