Ação para anular eleição gera crise no PSL do Amapá

Presidente do partido diz que usaram uma procuração assinada por ele de forma fraudulenta
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SELES NAFES

Uma ação protocolada na justiça com o objetivo de anular a eleição para o Senado causou uma crise no PSL do Amapá. O partido chegou a emitir uma nota afirmando que a judicialização do caso se deu por meio de uma fraude.

A nota assinada pelo presidente estadual da legenda, Sharon Braga, diz que a ação judicial usou o nome do partido de forma “obscura e fraudulenta”, e adianta que tomará medidas judiciais contra quem utilizou o nome do PSL de forma “criminosa”.

O comunicado não faz uma referência direta ao ex-candidato ao Senado, o advogado Ricardo Santos (foto acima), mas foi ele quem anunciou publicamente que moveria a ação para anular a eleição.

“O PSL-AP acredita no sufrágio democrático das urnas e entende que a vontade popular deve ser respeitada”, diz trecho da nota, que também desautoriza filiados a negociar alianças em nome do partido que já declarou neutralidade no 2º turno da eleição para o governo do Estado.

Procurado pelo Portal SelesNafes.Com, o presidente do PSL confirmou o posicionamento, e disse que vai pedir a revogação da procuração usada como base para a ação.

“Fiz uma procuração para resolver a questão dos votos nulos do senador, mas ele (o candidato) usou a mesma procuração para entrar com a anulação da eleição”, informou.

Sharon Braga, presidente estadual do PSL: partido respeita a vontade popular. Foto: Reprodução/Facebook

O ex-candidato ao Senado, Ricardo Santos, alega ter perdido votos quando seu nome apareceu no sistema de totalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP) como “nulo/anulado”. A situação foi corrigida ainda durante a votação. Contudo, na opinião dele, isso confundiu os eleitores.

“Recebi muitas ligações de pessoas dizendo que não iam votar em mim porque iriam perder o voto”, disse ele ao Portal SN.

Ricardo Santos, que teve quase 12 mil votos, confirmou que ingressou com pedindo de anulação da eleição, e que ação tem como autores ele e o partido.

“O PSL passou uma procuração para um advogado, e até onde eu sei a procuração foi usada para os fins corretos”, garantiu.

“Se ele (Sharon Braga) vai pedir a revogação da procuração é um direito dele”, concluiu.

Foto de capa: Arquivo/SN

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