SELES NAFES
O ex-presidente do PT no Amapá, o ex-deputado estadual Joel Banha, vai responder a processo na comissão de ética do partido que pode resultar na sua expulsão. O motivo foi o imbróglio que resultou no indeferimento da candidatura do vice na chapa de João Capiberibe (PSB), a apenas dois dias da votação de domingo (7).
A instauração do procedimento foi aprovada por unanimidade no fim da tarde de segunda-feira (8). Joel Banha comandou o PT até junho de 2017, quando Nogueira foi eleito para dirigir a legenda.
O PT ficou irregular por não ter prestado conta dos recursos do fundo partidário de 2015. Uma ação movida pelo MPE pediu o indeferimento de todas as candidaturas, o que foi atendido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP).
Na sexta-feira (5), o TSE confirmou o indeferimento das candidaturas do PT, incluindo a do vice de Capiberibe, Marcos Roberto Marques.
No dia seguinte, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP) decidiu que os votos da chapa PSB/PT apareciam nulos no sistema de apuração, situação que Capiberibe conseguiu reverter trocando o vice. Quase no fim da totalização, os votos foram validados por ordem do ministro Og Fernandes, do TSE. O caso ainda será julgado em definitivo.
Depois do estrago
Apesar de ter ciência de que não houve a prestação de contas de 2015, a atual direção do PT decidiu só agora, depois de todo o estrago político, responsabilizar Joel Banha.
“Sabíamos da situação, mas isso estava sendo julgado no tribunal. Só que apenas agora, em 2018, a justiça disse ‘não’ e eu tomei as providências para regularizar”, disse o presidente Antônio Nogueira.
Joel Banha não atendeu e nem retornou ligações e mensagens do Portal SelesNafes.Com para comentar o assunto.
Ao final do processo na comissão de ética, a justiça poderá obrigar Joel Banha a devolver todo o dinheiro, acredita Nogueira.
A comissão de ética terá 30 dias para entregar o parecer ao diretório, que irá decidir o destino de Joel Banha.