SELES NAFES
Deu a lógica, apesar de até o último momento as negociações terem sido intensas com Waldez (PDT) e Capiberibe (PSB). No entanto, o ex-candidato ao governo do Estado, Davi Alcolumbre (DEM), anunciou, na manhã desta segunda-feira (22), que não apoiará nenhum dos candidatos no segundo turno da eleição.
A decisão foi anunciada numa nota assinada por ele, o senador reeleito Randolfe Rodrigues (Rede), o prefeito de Macapá, Clécio Luís (Rede), a ex-candidata a vice, Silvana Vedovelli (PP), e o ex-candidato ao Senado, Bala Rocha (PSDB).
Davi obteve 94.278 votos, o que o deixou em terceiro na disputa. A diferença foi de cerca de 25 mil votos para Capiberibe, o 2º colocado.
“(…) O revezamento entre dois grupos políticos por longos 24 anos representa a principal causa para os problemas econômicos e sociais do nosso Estado. Foi para combater esta polarização política prejudicial para o desenvolvimento do Estado que colocamos nossa candidatura”, diz a nota conjunta.
O grupo vai além, e afirma que os dois grupos políticos querem apenas se perpetuar no poder, sem se importar verdadeiramente com a qualidade de vida da população.
Conversa fluiu bem com Waldez, mas com Capiberibe o diálogo foi mais duro. Foto: Arquivo/SN
“Diante disso, nesse segundo turno, comunicamos nossa posição de neutralidade em relação ao apoio a qualquer um dos candidatos em disputa, sendo este o único caminho coerente com o que defendemos nesta campanha e com o que pensamos para o futuro do Amapá”, concluiu.
Rede
A Rede Sustentabilidade, de Randolfe Rodrigues, foi ainda mais em enfática na posição, e “orientou” os filiados a não declarar apoio a nenhum dos candidatos.
O grupo mais recente de lideranças aliadas a Davi, formado no bojo do grupo majoritário, se dissolveu, em parte. A maioria fechou apoio a Waldez Góes, como os prefeitos Márcio Serrão (Laranjal do Jari) e Dudão (Mazagão), que em suas cidades possuem rivalidades com representantes do PSB.
Aliança de 2014 não se repetiu em 2018
Na semana passada, a posição de neutralidade já tinha sido decidida por Davi, mas os outros aliados pressionaram por um diálogo. A conversa com Waldez fluiu, mas viés ideológico e a incompatibilidade de projetos visando 2022 atrapalharam. Segundo fontes consultadas pelo Portal SN, Capiberibe teria conduzido o diálogo de forma dura.