Juiz proíbe que Banco da Amazônia feche as portas no Jari

Banco anunciou que encerraria atividade no dia 1 de novembro
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SELES NAFES

O juiz federal João Bosco Soares determinou que o Banco da Amazônia e o Banco Central suspendam os procedimentos para fechar a agência do antigo Basa no município de Laranjal do Jari, no sul do Amapá. A punição, em caso de descumprimento, é de multa diária de R$ 100 mil.

A liminar atendeu uma ação popular que passou a ser movida por um cidadão do município depois que o banco anunciou que estaria transferindo todo o atendimento para a agência de Macapá, a 268 quilômetros de Laranjal do Jari.

Cerca de 80 mil pessoas moram no chamado Vale do Jari, o que inclui os municípios de Laranjal, Vitória do Jari (AP) e Almeirim (PA). A ação defendeu que o banco é essencial para o desenvolvimento econômico do lugar, na medida em que fornece linhas de crédito e orientação para empresas e produtores.

Juiz federal João Bosco Soares em Laranjal do Jari. Foto: Arquivo Pessoal

O magistrado avaliou que o banco “tem se destacado como uma verdadeira agência de fomentos ao grande, médio e pequeno empresário (…) e tem feito relevante diferença no desenvolvimento regional”.

João Bosco determinou que a agência se abstenha de fechar no Jari, sob pena de multa extensiva e pessoal ao presidente do Banco da Amazônia.

Ele também designou uma audiência de conciliação para o dia 5 de dezembro, às 16h, no fórum da comarca de Laranjal do Jari, e mandou convidar representantes do setor empresarial, prefeituras e câmaras de vereadores das cidades afetadas para participar da audiência.

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