RODRIGO INDINHO
Um menino de 7 anos doou células de sua medula óssea para salvar o irmão de 5 anos. O transplante aconteceu no Hospital de Barretos, em São Paulo. O pequeno amapaense Keve Dias foi diagnosticado com um caso grave de leucemia em 2017.
A solução, conta a família, era a doação de uma medula compatível, que, para a felicidade da criança e dos parentes, estava dentro de casa, através do irmão, Kayk Dias, de 7 anos.
Segundo a mãe dos meninos, Juliana Dias, ainda no Amapá, Keve apresentava diversas complicações, e foi necessário viajar para São Paulo, onde, no dia 28 de março do ano passado, a criança foi diagnosticada com Leucemia Mielomonocítica Juvenil (LMMJ).
“Na capital, não teve como fazer o transplante, e a doença estava se agravando, então, em janeiro de 2018, viemos para Barretos, para fazer a quimioterapia. Tudo piorava e foi necessário tirar o baço de Keve. Ele sentia fortes dores e foi internado na UTI após várias recaídas, mas, nunca perdemos a fé”, lembra Juiana.
Após quatro tentativas de transplante, a médica informou que o próximo passo seria de grande risco à vida de Keve, e que era a última esperança que poderia ofertar à família.
“Deu certo, e foi o início da recuperação. Ele fez as quimioterapias por nove dias, e no dia 12, Dia das Crianças e Nossa Senhora Aparecida, ele conseguiu a infusão da medula do irmão dele, que fez a doação um dia antes. Ficamos ansiosos no aguardo, e depois de treze dias a medula pegou. A doutora falou que o caso dele era único e muito difícil. Agora, só esperar para irmos para Macapá”, comemora a mãe.
Para Juliana, tudo o que aconteceu foi um milagre de Deus. Ela agradeceu à família, amigos, médicos e a todos que ajudaram e torceram para que a saúde do filho fosse restabelecida. A mãe pretende retornar em breve para Macapá.