Professor que atropelou casal alega ser pai, mas tem prisão mantida

Jhony Amoras disse que é pai de uma menor que depende de sua liberdade para ter o sustento
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DA REDAÇÃO

O desembargador Agostino Silvério, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), negou habeas corpus ao professor de educação física, Jhony de Souza Amoras, motorista do carro que atropelou um casal no município de Santana, no domingo passado (20).

A decisão foi proferida no último dia 26, ou seja, um dia antes da morte de Tiely Medeiros, que neste sábado (27) não resistiu aos ferimentos depois de uma semana internada em estado gravíssimo na UTI do Hospital de Emergência de Santana. Ela estava na garupa da moto do namorado, o lutador de MMA Raulian Frazão.

O atropelamento ocorreu depois de uma discussão em um bar entre o casal e rapazes que estavam bebendo, e que teriam assediado Tiely. O professor e o cabeleireiro Elber Zaqueu tiveram a prisão flagrante transformada em preventiva. O cabeleireiro já teve o habeas corpus negado.

A defesa do professor, que estava no volante do carro no momento do impacto, alegou falta de fundamento para a prisão e de individualização da conduta dele no episódio. O advogado também alegou que o acusado possui uma filha, e que o sustento dela depende exclusivamente da liberdade do pai.

Tiely faleceu no sábado (27). Foto: Reprodução

Ao negar o habeas corpus, o desembargador se baseou na sentença do juiz de custódia que determinou a prisão preventiva. O juiz informou na decisão que viu sérios indícios de tentativa de homicídio, mas ressaltou que há dúvidas sobre quem teria provocado de fato o atropelamento intencional.

No entanto, o magistrado disse que houve clamor popular, e a prisão é necessária para garantir a instrução do processo. Ele ainda classificou o atropelamento como um crime bárbaro ocorrido em meio a tantas campanhas de conscientização sobre o perigo da direção associada ao uso de álcool.

Os dois acusados estão presos no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá. No vídeo abaixo, professor tenta de defender logo após o crime.

Seles Nafes
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