Após 14 horas de julgamento, padrasto é condenado por morte de enteados

Acusado foi condenado a 20 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado
Compartilhamentos

SELES NAFES

Terminou no início da madrugada desta quarta-feira (28), no município de Tartarugalzinho (232 quilômetros de Macapá) o julgamento do padrasto acusado de matar os enteados. Ele foi condenado a 20 anos de prisão, em regime fechado, por duplo homicídio triplamente qualificado.

Já passava da meia-noite quando os jurados leram a decisão e o juiz Heraldo Costa anunciou as penas agravadas por motivo torpe e impossibilidade de defesa das vítimas.

A denúncia apresentada pela Ministério Público do Estado concluiu que Paulo Ricardo, de 9 anos, e Lio Lima, de 6 anos, foram assassinados pelo padrasto Ozibenilson Oliveira de Souza, o “Tamuatá”, que teria ciúmes deles com a mãe.

Os meninos morreram afogados em um lago no Bairro Airton Sena, no dia 20 de agosto do ano passado. A Polícia Civil tratou o caso no início como acidente, mas o aprofundamento das investigações apontou para a participação do acusado, que na época do crime tinha 23 anos.

Padrasto teria atraído as crianças para o lago, sabendo que elas não sabiam nadar. Fotos: Polícia Civil

Os meninos não sabiam nadar e, por isso, a polícia concluiu que eles não entrariam no lago sem a companhia de um adulto. O inquérito também apontou que os meninos desapareceram no mesmo momento em que acusado também sumiu de casa.

Professores da escola onde os meninos estudavam prestaram depoimento e afirmaram que as crianças apareciam na aula com lesões provocadas, supostamente, pelo padrasto. Ele negou, mas a mãe também afirmou que ele era violento com os meninos.

De camiseta azul, Ozibenilson no dia em que foi preso pela Polícia Civil. Fotos: Arquivo

Um dos momentos do julgamento: De camiseta, Ozibenilson assiste sustentação oral da defesa

O julgamento tinha previsão de terminar por volta das 22h, mas se estendeu, especialmente por causa do depoimento das testemunhas de defesa e acusação.

De acordo com a perícia, as crianças foram mortas por asfixia mecânica. Ozibenilson Oliveira continua preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), onde está há um ano de quatro meses.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!