DA REDAÇÃO
Quatro candidatos e três cabos eleitorais foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) por captação ilícita de sufrágio, a compra de votos, nas eleições deste ano no Amapá. Dos quatro candidatos, dois conseguiram ser eleitos.
Max da AABB (Solidariedade)
Zezinho Tupinambá (PSC)
Outros denunciados são:
Patrícia Ferraz (PR), ex-candidata a deputada federal
Pedro da Lua (PSC), ex-candidato a deputado federal
“As ações são decorrentes de investigações iniciadas após denúncias e blitz dos órgãos fiscalizadores durante o período eleitoral”, escreveu o MP Eleitoral.
Zezinho Tupinambá e Pedro da Lua
O MP Eleitoral informou que flagrou duas mulheres no conjunto Macapaba, na zona norte de Macapá, na véspera do 1º turno (6 de outubro).
Além de material de campanha dos dois candidatos, as duas tinha relações de eleitores com números de títulos eleitorais, e estariam prometendo entregar cestas básicas e pagar talões de energia.
Patrícia Ferraz
Já a então candidata Patrícia Ferraz é acusada de utilizar o programa “Dentistas sem Fronteiras” para conseguir votos. A MP Eleitoral informou que apreendeu listas de eleitores, “documentos, dinheiro e aparelhos telefônicos nas residências da candidata e de um cabo eleitoral e também no comitê de campanha”.
A denúncia afirma ter encontrado planos para a compra de votos, e mensagens trocadas com um cabo eleitoral que “intermediava pedidos de insumos odontológicos feitos por voluntários do projeto em troca de votos”.
Os celulares foram aprendidos pela PF durante o cumprimento de mandados de busca. Uma das conversas encontradas seria entre ela e uma acadêmica de odontologia.
A estudante pede material de atendimento informando que possuía uma lista com 20 votos para repassar. Ainda na mesma conversa, a acadêmica diz que conseguiria uma reunião entre as candidatas e os eleitores.
Max da AABB
Em relação ao deputado estadual reeleito, Max da AABB, a denúncia cita a participação de dois cabos eleitorais. O processo narra uma apreensão ocorrida no dia 6 de outubro, durante fiscalização no município de Santana, cidade a 17 km de Macapá.
Um veículo que estaria a serviço da campanha do deputado tinha listas de eleitores com números de telefone e de títulos com pedidos de doação de material de construção.
Até agora, apenas o deputado Pedro da Lua se pronunciou a respeito do assunto. Por meio de sua assessoria, ele informou que ainda não foi notificado, e alegou que trabalhou dentro do que a lei eleitoral permite.
Os outros políticos citados ainda não se manifestaram sobre as ações protocoladas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP).