ANDRÉ SILVA
Após a vistoria técnica do Ministério Público ao acervo histórico, a Universidade Federal do Amapá (Unifap) criou um comitê gestor que vai formular uma proposta para apontar caminhos de como preservar todo aquele material, alguns com centenas de anos de existência.
A visita do MP faz parte de uma ação nacional dos ministérios públicos de todo o Brasil, que estão realizando inspeções técnicas a museus e prédios históricos. O intuito é detectar se há fragilidades na segurança desses patrimônios. A ideia é não deixar acontecer o que ocorreu com o Museu Nacional do Rio de Janeiro, que foi consumido por um incêndio este ano.
O acervo da Unifap é composto pelos primeiros preditos da instituição que existem há quase 30 anos. São peças arqueológicas encontradas no terreno onde fica a universidade e um sitio arqueológico, além do prédio onde ficam as peças: o Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas do Amapá (Cepap). O comitê é formado por técnicos e professores da instituição.
O grupo já recebeu diretrizes de ação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que os orientou no sentido de começarem eles mesmos o processo de criação de normas de preservação desse patrimônio.
“Os prédio antigos estão sendo descaracterizados aos poucos e a área do sítio arqueológico está demarcado, mas não temos nada escrito, nenhuma legislação, nada que diga como tratar esse patrimônio. O Iphan nos recomendou a preservar logo”, explicou o técnico Seloniel Barbosa, técnico da instituição e membro do comitê.
Depois que a proposta ficar pronta, o comitê ira apresentá-la ao reitor da instituição que vai submetê-la ao Conselho Universitário (Consu), órgão de maior instância da Unifap, que vai aprovar ou não o plano de ação. Barbosa não disse em quanto tempo o planejamento será concluído.