DA REDAÇÃO
A Ativa System Brasil negou, em nota distribuída à imprensa, que tenha superfaturado o serviço de monitoramento das escolas estaduais do Amapá em contrato com a Secretaria de Educação do Estado (Seed), como afirma o Ministério Público do Estado (MP).
Os promotores ajuizaram uma ação exigindo redução dos preços praticados pela empresa, que estariam acima do mercado local, e compararam o serviço prestado à Seed com o que é feito por outras empresas ao Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) e ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A diferença em valores seria superior a R$ 5 milhões, anuais.
A Ativa System, que tem sede em Recife (PE), afirma que decidiu participar da licitação no Amapá para ter a oportunidade de apresentar um modelo inovador, e que os dois tribunais pagam metade do preço porque usufruem de sistemas que teriam equipamentos inferiores de captura e armazenamento de imagens.
“(…) Ambos os Tribunais utilizam câmeras analógicas e gravadores DVR de 480 linhas, enquanto a Ativa trabalha com câmeras IP megapixel, gravadores NVRs digitais de 1.000 linhas com gravação em rede IP estruturadas. Portanto, completamente diferentes e superiores, além de atuarmos com monitoramento de alarmes e imagens 24 horas”, destacou a empresa.
A Ativa alegou que os equipamentos são de qualidade acima do que estava previsto no edital de licitação da Seed. Além disso, assegurou que o monitoramento tem reduzido as ocorrências de furtos e até ajudado na elucidação de crimes que ocorrem no entorno das escolas.
“Nem sempre a proposta mais barata é a mais vantajosa. Não houve impugnação ao edital e nem recurso da nossa habilitação. As exigências eram básicas tendo em vista o tamanho da contratação”, ponderou, referindo-se à participação de outras empresas desclassificadas no certame.
Pagamentos
A Ativa System afirmou que há três meses não recebe os pagamentos por parte da Seed, e que mesmo assim tem mantido o monitoramento e salários das equipes de funcionários.
“Por fim, a Ativa System Brasil destaca que vai colaborar com informações, fotos, inclusive solicitando ao judiciário uma perícia técnica para que se produza um parecer atestando as nossas afirmações”, diz a nota assinada pelo diretor da empresa, Antônio Ferreira de Souza.