RODRIGO INDINHO
Terminou por volta das 11h30min desta segunda-feira (26) a crise com reféns no Supermercado Fortaleza, no Centro de Macapá. Mais de 50 reféns foram libertados, segundo informações do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM do Amapá.
Nenhum refém ficou ferido, mas alguns tiveram que ser levados para o Hospital de Emergência de Macapá porque estavam muito abalados. Uma mulher saiu carregada por um policial militar.
Os quatro criminosos se entregaram depois de 3 horas de negociações com o Bope. Um quinto criminoso continua internado no HE depois de trocar tiros com policiais civis em frente ao Banco do Brasil, localizado na Avenida Coriolano Jucá com a Rua Cândido Mendes.
Os policiais civis estavam passando numa viatura descaracterizada quando viram o assalto acontecendo. O funcionário de uma empresa estava entregando um malote em um correspondente bancário, do outro lado da Cândido Mendes, em frente ao banco, quando foi surpreendido pelos assaltantes.
Houve intensa troca de tiros. Algumas balas atingiram vidraças do banco. Um policial civil de 38 anos ficou ferido em uma das mãos. Ele foi atendido no HE, e liberado logo em seguida.
Bandidos pertencem a uma facção criminosa. Fotos: Rodrigo Indinho
Alguns reféns precisaram de atendimento médico porque estavam abalados
O bandido ferido foi identificado como Anderson Alves Gonçalves, de 29 anos. Ele levou um tiro na perna, e até às 13h ainda não havia passado por cirurgia. Uma transeunte também foi ferida na mão esquerda por um tiro de raspão.
Poder bélico
Os bandidos liberaram 51 reféns, e entregaram as armas, entre elas um fuzil calibre 228 e duas pistolas ponto 40. O bandido ferido havia deixado uma submetralhadora na frente do banco quando começaram a fugir. Em frente ao supermercado, eles também trocaram tiros com PMs.
“Essa quadrilha estava realmente preparada para esse intento. É a primeira vez que numa crise a gente se deparou com perpetradores altamente armados, com um poder bélico maior que estamos acostumados a ver”, comentou o comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Matias.
Carro usado pelos assaltantes tinha placas clonadas
Placas verdadeiras foram encontradas pelos policiais no porta-malas do veículo
Área cercada pela PM
Os criminosos foram identificados como membros de uma facção conhecida como “Família Terror do Amapá”. De acordo com a PM, todos têm mais de uma passagem pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).
Estrago causado pelo tiroteio entre policiais civis e os bandidos. Foto: Redes sociais