RODRIGO INDINHO
Vigilantes desempregados, beneficiárias de programas sociais, sindicalistas e trabalhadores de várias categorias do funcionalismo público estadual deram início a um protesto unificado na manhã desta segunda-feira (5), em Macapá. Eles reclamam do não repasse aos bancos de valores descontados na folha salarial, o não pagamento de benefícios sociais e indenizações aos vigilantes.
O manifesto acontece em frente ao Palácio do Setentrião, sede do governo do Amapá. Com faixas, aptos, gritos de ordem, eles pedem um posicionamento imediato por parte do executivo. A Polícia Militar (PM) acompanhou o movimento.
Segundo Eudasio Almeida, presidente da associação dos agenciadores de crédito do Amapá (Assaaap), cerca de 600 pessoas estão sendo prejudicadas com a situação. O grupo afirma querer resolver da melhor maneira com o governo o impasse.
“Nossa intenção maior é sensibilizar o governo que é responsável pelo pagamento dos empréstimos onde a dívida já passa de R$ 200 milhões. Com isso, além dos servidores estarem negativados no SPC e Serasa, não têm acesso ao crédito que é direito, e o mais agravante é que os pais de família, os profissionais de crédito do Amapá estão desempregados”, protestou Almeida.
Os manifestantes afirmam que representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão no Estado e que buscaram reunir para que o governo do Amapá dê algum posicionamento.
Governo
O Portal SelesNafes.com procurou o Governo do Amapá, que se posicionou por meio de nota. O executivo estadual diz que os atrasos se deram em decorrência das frustrações das receitas do Fundo de Participação dos Estados (FPE), que já acumulam desde o mês de junho, mais de R$ 200 milhões.
Além disso, o Estado disse que decidiu priorizar a folha de pagamento para manter a estabilidade financeira e a manutenção de emprego e renda. O executivo afirmou também estar em dia com o pagamento das negociações com os bancos do Brasil e Caixa Econômica e, recentemente, a Sefaz fechou acordo com o Banco PanAmericano e está em tratativas com o Banco BMG;
Sobre a posição de não abrir margem para novos consignados para os servidores, o governo diz que se trata de uma decisão nacional das entidades bancárias.