RODRIGO INDINHO
Na manhã desta segunda-feira (26) foi inaugurada a primeira creche pública de Macapá. A nova unidade
atenderá, em tempo integral, cerca de 171 crianças entre zero e cinco anos de idade.
A Creche Municipal Tia Chiquinha, localizada no Bairro Novo Buritizal, na região da Cuba de Asfalto, zona sul da capital, atende ao padrão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e conta com espaços, como berçários, fraldários, áreas de lazer, oito salas de aula, dentre outras acomodações.
Moradora do Residencial Jardim Açucena, Vera Lúcia (foto de capa), de 40 anos, é mãe do pequeno Jonas Kael de apenas oito meses. Desempregada, ela conta que agora poderá procurar emprego e trabalhar para ajudar no sustento da família.
“Como não tinha com quem deixar meu filho pra poder trabalhar estava sendo muito difícil minha vida, e com a entrega dessa creche creio que poderei deixá-lo com pessoas que cuidarão muito bem dele. Tudo vai melhorar porque poderei trabalhar”, comentou Vera.
O corpo técnico da unidade de ensino infantil participou de capacitação específica para atender o público, crianças e bebês de colo. Mais de 60 funcionários estarão atuando na creche. O prédio foi batizado como “Tia Chiquinha” em homenagem à Francisca Ramos dos Santos uma das pioneiras do Marabaixo no Estado.
Segundo o prefeito Clécio Luís (REDE), a creche é fruto de uma articulação do senador Randolfe Rodrigues (REDE), quando trouxe o ministro da Educação a Macapá; e do senador Davi Alcolumbre (DEM), que conseguiu que os recursos não fossem perdidos e garantiu verba para a construção de seis creches.
“Temos outras duas [creches] no município, mas que funcionam em salas adaptadas. Esta é a primeira creche pública no Amapá feita do primeiro tijolo ao parafuso da caixa d’água. É a primeira de uma série de seis creches com essas especificações que servirá como espaço educacional e também proporcionará cultura para quem estudar aqui”, comentou Clécio Luís.
O senador Davi Alcolumbre lembrou que centenas de creches em todo o país estavam com as obras paralisadas devido a empresa vencedora da licitação nacional em 2014 não conseguir viajar todo o Brasil e realizar as obras.
“O Ministério da Educação cancelou todos os convênios e a nossa atuação foi no sentido de não perder essas creches em Macapá cobrando do MEC e do FNDE, então fizemos o acordo. Se não fosse nossa insistência perderíamos seis creches totalizadas em R$ 12 milhões”, disse Davi.
As obras das outras cinco creches estão em andamento. A mais avançada é a do Distrito de Fazendinha que será entregue brevemente.