RODRIGO INDINHO
Na manhã desta segunda-feira (5), o delegado-geral da Polícia Civil do Amapá, Uberlândio Gomes, deu detalhes sobre o caso de execução, ocorrido no fim de semana, no Hospital de Emergências de Macapá (HE) em que um adolescente matou a tiros Jhonatan Alves Carneiro, de 19 anos, criminoso que estava internado.
Em entrevista coletiva à imprensa, Gomes explicou que a investigação aponta que os mandantes da execução foram os familiares de Jonathan Rodrigo de Araújo Sampaio, vulgo “Pacolé”, de 18 anos, bandido morto na mesma semana por Jhonatan Alves Carneiro em um acerto de contas no Bairro Zerão.
Os familiares teriam contratado o menor de 17 anos com a promessa de recompensa de meio quilo de maconha.
Segundo o delegado, o adolescente não teve dificuldades para entrar na área interna da unidade de saúde porque dias antes foi internado no local com catapora.
“Não teve problemas para entrar alegando que tinha piorado de saúde e disparou cinco vezes contra Jhonatan e fez uma mulher de refém, mas foi contido por policiais e agentes”, falou Uberlândio.
O menor foi apreendido e conduzido para a Delegacia de Investigação do Menor Infrator (Deiai) e foi autuado por homicídio duplamente qualificado. Os mandantes foram identificados e responderão como mentores intelectuais do crime por homicídio e corrupção de menores.
Caso do motorista morto no Zerão encerrado
A Polícia Civil também informou que deu por encerrado o caso de latrocínio contra o motorista de ônibus Paulo Sérgio Moura dos Santos, de 50 anos. O rodoviário foi assassinado com um tiro na cabeça durante um assalto ocorrido na tarde de 26 de outubro, no terminal onde ele aguardava o momento de começar a trabalhar.
O delegado-geral Uberlândio Gomes, informou que, com a morte de Pacolé e do comparsa, que teriam participado diretamente da morte do motorista, o caso está encerrado.
“Dos dois autores do latrocínio, Marcos Almeida Coutinho, de 23 anos, foi morto em troca de tiros com a PM momentos depois do crime; e o outro criminoso, “Pacolé”, fugiu. Mas representamos pela prisão e estávamos no encalço dele [de Pacolé], porém nesse ínterim ele teve desavença por disputa de território por comercialização drogas com o Jhonatan”, comentou o delegado.
Ao matar Pacolé, Jhonatan foi alvejado em uma das pernas. Ele foi preso em flagrante delito e a prisão mantida pela justiça. Jhonatan estava internado no HE onde se recuperava de uma cirurgia quando acabou sendo morto no último sábado (3).
Foto de capa: divulgação Polícia Civil