DA REDAÇÃO
A prática da “Justiça Restaurativa”, implementada pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP) para a solução de conflitos, está inspirando o judiciário da Guiana Francesa a traçar um modelo similar.
Para entender o sistema desenvolvido no Amapá, a ONG Internacional Groupe SOS Jeunesse recebeu em Caiena, entre os dias 18 e 25 de novembro, uma comitiva liderada pela promotora de Justiça Socorro Pelaes para compartilhar experiências.
Durante a visita a comitiva amapaense conheceu órgãos do judiciário guianense e participou de vivências com profissionais e ONGs que trabalham com pessoas em vulnerabilidade social.
Além disso, o MP expôs o trabalho desenvolvido no Amapá em experiências consideradas exitosas no MP Comunitário, Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação (Caopije), Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas da promotoria de Justiça de Santana (NMCPR), e também no tratamento penal, no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
“Tivemos a oportunidade de demonstrar a forma como estamos implementando essa abordagem no Brasil, em especial no Amapá. Moramos em países vizinhos, temos problemas e conflitos sociais parecidos e aquelas autoridades perceberam que podemos utilizar essa metodologia para a resolução dos conflitos daqui que também são vivenciados por eles”, comentou Socorro Pelaes.
A promotora disse ainda que a integração fortalecerá, não somente ao Departamento da Guiana Francesa, mas também ao Amapá, por ser uma região de fronteira em que há uma comunicação intensa entre os dois países.
“A metodologia será essencial para a pacificação coletiva, que é de interesse de todos nós”, frisou Socorro Pelaes.