Os coreanos estão chegando

Interessados nos incentivos fiscais e posição geográfica do Amapá, coreanos iniciam conversa com o governo do Estado
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DA REDAÇÃO

O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), recebeu na quarta-feira (29) dois empresários da Coreia do Sul interessados em investir no setor industrial da região e, naturalmente, em acessar os incentivos fiscais para se instalarem. Dois produtos foram apresentados ao governador: vergalhões de fibra de vidro e um novo tipo de MDF mais resistente a água e fogo.

A missão no Brasil tem cinco empresários coreanos. Três deles seguiram para São Paulo para encontros de negócios. No Amapá, o grupo foi liderado pelo empresário Alex Song, que já mora no município de Santana, onde montou uma empresa que identifica setores onde cabem investimentos privados. 

Song disse ter estudado o cenário do Amapá e avaliou que há estabilidade política e econômica ideais para dar segurança à chegada de novas empresas. Ele trouxe ao Estado o vice-presidente da H. Consultoria e Desenvolvimento, Son Sunggi Kim, que se encontrou com o governador.

Vergalhão de fibra de vidro. Fotos: Marcelo Loureiro/Secom

Governador e representantes do setor industrial do Amapá receberam os empresários

Produtos

Os empresários apresentaram a Waldez Góes dois produtos que podem ser fabricados com os incentivos do Amapá. O vergalhão de fibra de vidro já é utilizado em países como Estados Unidos e Inglaterra, e tem durabilidade três vezes superior ao vergalhão tradicional inoxidável.

“Com R$ 2 milhões, se monta essa indústria e o retorno do investimento é rápido, cerca de doze meses”, informou o empresário Alex Song.

Já o cova wood (evolução do MPDF) pode ser produzido com caroço de açaí, matéria-prima abundante no Amapá, e também tem durabilidade maior que o MDF atual utilizado em móveis planejados. Além disso, o composto recebe uma resina produzida na Coreia que torna o material resistente a água, fungos e até a chamas.

Uma nova reunião em janeiro terá a presença de 50 empresários da Coréia

Outros setores

Os empresários também apresentaram um reagente que ajuda na compactação do solo. Dez quilos do produto são suficientes para compactar uma tonelada de aterro com durabilidade de 50 anos. O produto é ideal para asfalto.

Os interesses da Coreia no Amapá também incluem a piscicultura e a transmissão de energia. Waldez disse que o Amapá está aberto a novos investimentos, possui incentivos fiscais e localização geográfica, e que o Estado costuma isentar empresas, auxiliando na instalação com doação de terrenos e obras de pavimentação de acessos.

“Para nós, é interessante garantir que as empresas se instalem. Não queremos arrecadar sob os equipamentos e materiais que elas precisam para se firmar. O que nos importa é arrecadar com a produção, os empregos gerados, e ter o Amapá em crescente desenvolvimento, para benefício da população”.

Ficou acertada para janeiro uma reunião no Amapá com a participação de 50 empresários sul-coreanos.

Seles Nafes
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