RODRIGO INDINHO
O governo do Estado e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vão apresentar, nesta terça-feira (4), os resultados finais de uma das principais ferramentas tecnológicas de desenvolvimento do Amapá, a Rede Geodésica – que mapeia o território com coordenadas geográficas de alta precisão. A apresentação ocorre às 10h, na Secretaria de Estado do Planejamento.
Uma das utilidades da Rede Geodésica é permitir que sejam feitos mapas precisos do território. Além do mapeamento em alta escala, de vias de municípios, as estações geodésicas permitem o estabelecimento de obras de infraestrutura, barragens, canais de irrigação, usinas hidrelétricas, rodovias, entre outras.
Através do mecanismo, o Estado e qualquer empresa de projetos poderão fazer mapeamentos e estudos científicos que ajudam, por exemplo, no monitoramento das mudanças climáticas. Os dados são preciosos para a regularização fundiária bem como para basear obras de infraestrutura.
Ao final do evento desta terça-feira, 4, os dados consolidados da Rede Geodésica estarão disponibilizados no site do IBGE.
O investimento para revitalização das já existentes e implantação das mais de 500 novas estações geodésicas – marcos em formato de tronco de pirâmide, que guardam informações geográficas – o Estado investiu R$ 2,1 milhões.
Segundo o IBGE, a Rede Geodésica do Amapá é a mais moderna do Brasil. Ela foi revitalizada e ampliada com medições coordenadas, gravidade e GPS.
Aplicações
Informações da Rede Geodésica podem ser usadas, por exemplo, para definir traçados e inclinações de estradas, para que o tráfego nela ocorra com segurança. As construtoras se baseiam nos dados para fazer os projetos básico e executivo de obras e o controle de andamento dessas construções.
Existem três tipos de redes geodésicas: as planimétricas tridimensionais, que possuem coordenadas horizontais de latitude, longitude e altitude com GPS geodésico (precisão menor que 1 cm); as redes de nivelamento, que usam dados para basear obras como barragens, rodovias; e as estações gravimétricas, que contém dados que permitem estudos do campo gravitacional terrestre.
Fotos: Ascom/GEA