ANDRÉ SILVA
Depois de ter enfrentado oito paradas cardíacas e nove meses de internação, a pequena amapaense Anna Luiza, de 3 anos, conseguiu dar continuidade ao tratamento e segue lutando para ter uma qualidade de vida melhor.
A campanha nas redes sociais movida pela família no início do ano arrecadou mais de R$ 10 mil, que foram destinados ao tratamento. A prestação de contas da primeira campanha está no Instagram da Priscila Diniz, mãe da menina.
Agora, a família quer tentar um método experimental que já curou duas crianças nos EUA. Mas, para isso, será necessária a arrecadação de uma quantia ainda maior.
Por isso, uma nova campanha foi lançada, no início de dezembro. Até aqui, a família já recebeu R$ 5 mil, que foram doados pela esposa do cantor Wesley Safadão. O restante, a família quer arrecadar pelo telefone 9 9117-9999. Outra forma de ajudar, é comprar as roupas que estão sendo vendidas no Bazar da Anna, no Instagran ou pelo site da vaquinha virtual.
Luta pela vida
Quando nasceu, Anna apresentou dificuldades para respirar. Ela teve sete paradas cardíacas até que, por meio de uma liminar judicial, conseguiu viajar de Macapá para São Paulo, onde passou por uma internação de nove meses na UTI do Hospital Sírio Libanês, pela complexidade do caso. Anna Luisa adquiriu paralisia cerebral, a doença prejudica os movimentos dela.
A princípio a família precisava de R$ 30 mil para dar continuidade ao tratamento o que a compra de um Kimba ( carrinho adaptado para crianças especiais) que custa mais de R$15 mil. A família arrecadou o valor para as terapias intensivas e o valor não cobriu a compra do carrinho, mas a criança o ganhou de uma doadora que mora nos Estados Unidos.
A menina já superou a expectativa de vida de quem nasce com Estenose Brônquica Bilateral. A doença, rara, consiste na má formação dos brônquios, o que acarretou para Anna Luiza as paradas cardíacas, e, consequentemente, o dano cerebral.
“Geralmente, os portadores desta estenose morrem assim que nascem. A Anna é um milagre”, declarou Priscila Diniz, mãe da menina.
Oxigenoterapia Hiperbárica
Uma amiga que mora nos Estados Unidos apresentou um novo tratamento, que é usado de forma experimental por um médico naquele país. A Oxigenoterapia Hiperbárica ou OHB é uma modalidade terapêutica na qual o paciente é submetido à inalação de oxigênio puro em uma pressão maior que a pressão atmosférica, dentro de uma câmara hermeticamente fechada.
A mãe da pequena Anna disse que ela foi aceita no tratamento e que ficarão em uma casa de apoio na cidade de New Orleans, que por um valor bem abaixo recebem pacientes de todo o mundo em tratamento na cidade.
O valor total das despesas para o tratamento incluindo passagem, hospedagem, alimentação, vistos e o tratamento em si está em 200 mil, valor este que a família está levantando através de Bazar, venda de camisas, doações e eventos solidários.
“Esse tratamento já curou duas crianças de paralisia cerebral. E essas crianças voltaram à vida normal. Elas foram vítimas de afogamento. Se ela for e tiver 10% de melhora… 10% pode ser a fala, os movimentos motores, que é o andar… 1% que seja, para ela, já e uma melhora”, considera a mãe da menina.
Foto de capa: Arquivo Pessoal