SELES NAFES
O cabo da Polícia Militar do Amapá, Rômulo Gaia Silva, foi liberado depois de prestar depoimento na Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DECCM) no município de Santana, cidade a 17 km de Macapá. Ele pediu desculpas à esposa, mas será indiciado na Lei Maria da Penha, além de ter que responder por lesão corporal grave após ter atirado em um homem.
O vídeo da confusão, gravado na manhã de Natal, viralizou nesta quarta-feira (26) nos grupos de WhatsApp. As imagens mostram a esposa do cabo sendo agredida por ele com socos e tapas no rosto.
Um homem, que aparentemente tenta defender a companheira do policial, agride o PM, que saca uma pistola e atira. O disparo acertou o homem em um dos pés.
“Ele (cabo) ficou sem reação, e viu que existiam mais três homens. Como os policiais são treinados para se defender, ele acabou atirando para o chão. Ele nem sabia que tinha atingido essa pessoa. Ele atirou para se defender”, alegou a advogada Ana Regina Nunes, que cuida da defesa do cabo e acompanhou o depoimento dele na delegacia.
Fora do flagrante
Ao contrário do que foi informado mais cedo, o cabo R. Gaia não foi preso em flagrante. As agressões ocorreram por volta das 8h30min da terça, debaixo da Ponte do Rio Matapi, onde o casal se divertia às margens do rio junto com outras pessoas. Ele só foi encontrado no fim da manhã desta quarta, mais de 24 horas depois do crime.
“Depois da oitiva, ele pediu desculpas para ela, com quem já vive há algum tempo”, informou a advogada.
O casal vive junto há mais de um ano e três meses, e não tem filhos.
O cabo responderá a um processo administrativo na Corregedoria da PM. Mais cedo, o comando da Polícia Militar reafirmou que é contra qualquer tipo de violência contra mulheres, e informou que o cabo R.Gaia terá suspenso o porte de arma.