Colecionadores do AP apresentam moedas de 300 anos A.C

Estudo sobre história de moedas antigas atrai centenas de amapaenses
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ANDRÉ SILVA

Cerca de 120 amapaenses formaram um grupo de colecionadores de moedas antigas em Macapá. Entre as raridades podem ser encontradas tanto moedas de 300 anos Antes de Cristo (A.C.), como as mais atuais com temas comemorativos da Copa do Mundo e Olimpíadas. As raridades podem valer até R$ 200.

As moedas mais antigas não têm valor estimado e são mais encontradas em leilões pela internet.

Moedas nacionais e estrangeiras compõem coletânea de amapaenses Fotos: André Silva

 

Franklin Coutinho: coleção começou com moedas de réis

Os colecionadores explicam que a numismática é o estudo do ponto de vista histórico, artístico e econômico das moedas, cédulas e medalhas antigas e atuais. Em Macapá, os professores Franklin Coutinho e José Ricardo, tem mais de 1,5 mil exemplares.

Franklin Coutinho começou como um “ajuntador de moedas”. A coleção iniciou com quatro moedas de réis, dinheiro brasileiro do início do século 20, dadas pelo pai dele. Ele tinha 24 anos na época. Hoje, são mais de 1,3 mil moedas na coleção.

Hoje, milhares de moedas

 

Variedade de moedas e materiais sobre o assunto

Entre as nacionais mais antigas, ele tem também o réis do século 16. O réis foi a moeda que mais perdurou na economia brasileira. Entre as internacionais, está a tetra dracma. A moeda poderia ser encontrada na versão de ouro ou prata. Foi a mesma moeda usada para pagar Judas por trair Jesus.

“Meu pai viu que eu era muito cuidadoso e chegou comigo e me disse: meu filho, aqui essas moedas para você, mas eu tenho mais aquelas de prata e mais uma peça de bronze. Depois de algum tempo que eu vim descobrir que era uma peça do século 15”, lembrou com risos o numismático.   

José Ricardo: teve contato com colecionadores em Belém

 José Ricardo começou a colecionar recentemente, em 2017. A coleção iniciou com as moedas das Olimpíadas. Ele disse que o hobby ajudou a superar a perda da mãe. Entre as relíquias, gaba-se de uma moeda de R$ 1 das Olimpíadas. O exemplar pode valer mais de R$ 200.

“Eu perdi minha mãe no ano passado, então foi uma perda muito grande. Passei por um processo depressivo. Um amigo meu já havia me falado para procurar alguma atividade para ocupar meu tempo. Um domingo, na Praça da República (Belém-PA), parei na frente de uma barraquinha de moedas do Sérgio, nem sei como. Comecei a bater um papo com o Sérgio e comecei”, relatou o colecionador.

Numismáticos organizam grupo que ganha adesão de curiosos em Macapá

Além de moedas, a coleção também reúne livros e outros periódicos sobre o assunto. O grupo numismática pode ser encontrado pelo Facebook: Numismática Amapaense.

Seles Nafes
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