ANDRÉ SILVA
Zilma da Silva Araújo, de 28 anos, tem câncer de garganta. Ela passa boa parte do dia dormindo, pois acordada não aguentaria a dor que sente por conta da enfermidade. Ela mora em um quitinete com a mãe, a irmã e a filhinha, de 2 anos, no Ramal do Goiabal, zona oeste de Macapá. O aluguel do imóvel e a conta de energia estão atrasados há três meses. A família pode ser despejada a qualquer momento.
Nascida no município de Afuá, no Estado do Pará, Zilma Araújo veio parar no Amapá há oito meses, em busca de tratamento. A doença veio de surpresa e começou com uma incômoda dor nos ouvidos. A família contou que ela aguentou as dores o quanto pôde, até decidir se mudar para Macapá com a filha.
“Há um ano e pouco ela começou a sentir dor de ouvido. Ela tomava muito remédio, mas a dor não passava. Íamos em posto de saúde, mas os remédios que davam pra ela não faziam a dor passar. Ela não aguentou mais e veio para Macapá procurar tratamento”, relatou Irazalva da Silva Araújo, de 70 anos, mãe de Zilma.
A mãe lembra com tristeza o quanto a filha era alegre, prestativa e muito caseira.
“Era ela quem me ajudava em casa. Sempre foi minha grande companheira”, lembrou com lágrimas a dona Irazalva.
Quando Zilma chegou em Macapá com dores, e a inflamação avançando pelo pescoço, recebeu tratamento e ficou internada no Hospital Alberto Lima (Hcal). A doença, no entanto, só aumentava cada vez mais ao ponto de obstruir a garganta dela.
“Ela começou a passar mal aqui em casa, aí nós chamamos uma enfermeira que mora aqui perto para ajudar. Ela disse que não podia fazer nada e disse pra gente levar ela para o pronto socorro. Chegando lá, o doutor fez uma abertura na garganta dela para ela poder respirar”, contou a irmã da mulher, Marineide Batista da Silva.
A Irmã disse que precisou deixar o trabalho para ajudar a mãe a cuidar de Zilma que já não conseguia mais andar. Ela passa o dia na cama e se alimenta por meio de uma sonda conectada ao estômago. Para comer, precisa utilizar alimentos pastosos injetados direto na sonda.
Para conseguir o alimento, a família recebe ajuda do governo do Estado, mas a quantidade não supre a necessidade da moça.
“Eu não tenho mais como ir trabalhar e deixar ela aqui. Eu fazia umas diárias, mas só minha mãe não dá conta de cuidar dela. Precisamos de ajuda”, lamentou Marineide.
A mãe de Zilma pensa em levar a filha para casa, mas teme que ela não aguente a viagem.
Para ajudar a família, as pessoas podem entrar em contato pelo telefone 99101-2870 e falar com Marineide Batista.