Direção do HE confirma ao CRM plano para novo hospital na zona norte

Administração respondeu aos pontos elencados no relatório do conselho sobre a situação da unidade
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DA REDAÇÃO

Nesta sexta-feira (21), a direção do Hospital de Emergência de Macapá (HE) respondeu, por meio de nota, aos apontamentos sobre problemas estruturais no prédio da unidade de saúde.

As dificuldades enfrentadas pelo HE foram apresentados em relatório pelo Conselho Regional de Medicina, após inspeção no mês de novembro. 

Como resultado do relatório, o CRM pontuou sobre a necessidade de construção de um novo hospital para atender a atual demanda da capital. Sobre essa questão, a direção do HE informou que o governo do Estado trabalha no plano de necessidades para a construção do projeto de um novo HE, que será localizado na zona norte de Macapá. 

Além desse caso, outras questões foram também respondidas. Confira, abaixo, a nota na íntegra.

Inspeção em novembro apontou irregularidades no hospital Fotos: CRM

Esclarecimento sobre inspeção do CRM no HE

Com relação a inspeção do Conselho Regional de Medicina (CRM) ao Hospital de Emergência (HE) a direção esclarece:

1. FALHAS ESTRUTURAIS – PRÉDIO ANTIGO, FALHAS ESTRUTURAIS, COMO PAREDES CHEIAS DE INFILTRAÇÕES, DESCASCADAS E SUJAS. QUARTOS SUPERLOTADOS, SEM AR CONDICIONADO E SEM VENTILAÇÃO. OS PACIENTES LEVAM O VENTILADOR PARA AMENIZAR O CALOR.

Resposta: O HE tem uma estrutura com mais de 50 anos, porém já foi possível reformar praticamente todo o primeiro piso, onde foram abertas três novas salas de observação, ampliação de 25 novos leitos, abertura de uma nova Unidade de Terapia Intensiva, a UTI-2, o que possibilitou a ampliação para 10 leitos de UTI. Em 2019 a reforma acontecerá no 2º piso.

Paralelo a isso, o Governo do Estado trabalha no plano de necessidades para a construção do projeto de um novo HE que será localizado na zona norte de Macapá.

Vale ressaltar, que um dos problemas de lotação do hospital é que muitas pessoas ainda procuram a unidade para tratamentos que deveriam ser realizados na atenção básica.

2. HOMENS, MULHERES E CRIANÇAS DIVIDEM O MESMO ESPAÇO. BANHEIROS COM VAZAMENTO. PACIENTES SÃO ALOJADOS PELOS CORREDORES E ATÉ NA RAMPA DE ACESSO AO PISO SUPERIOR. MACAS ENFERRUJADAS, ASSIM COMO SUPORTE DE SORO. PORTAS SEM MAÇANETAS

No HE as enfermarias são divididas em clínicas masculinas e femininas e a enfermaria cardiológica é mista. O Hospital de Emergência é porta de entrada de alguns atendimentos de urgência e emergência em crianças. Assim que os procedimentos são finalizados os pacientes são transferidos para o Hospital da Criança e do Adolescente.

Hoje, o hospital conseguiu reduzir em 90% a lotação dos corredores. Entretanto, em alguns casos os pacientes aguardam resultado de avaliação na sala de observação para saber se há necessidade de internação ou se receberão alta.

O tempo de espera para cirurgias ortopédicas tem diminuído e foi implantado o programa de gestão de leitos, denominado “Kanban”, formado por um grupo de médicos e enfermeiros para melhorar o fluxo de doentes na unidade. Esse programa também contribui para diminuir a permanência dos pacientes no HE, pois o grupo trabalha diariamente na reclassificação do risco de cada um para saber a evolução do quadro clínico.

3. FALTA DE SERVIÇO DE TOMOGRAFIA DISPONÍVEL 24H.

No HE os exames de tomografia são garantidos por meio de uma empresa credenciada que presta serviços de urgência e emergência, 24h.

4. LABORATÓRIO – O LABORATÓRIO FUNCIONA EM CONDIÇÕES PRECÁRIAS. NÃO CONSEGUE ATENDER A DEMANDA DO HOSPITAL POR CAUSA DA FALTA DE MATERIAIS, COMO POR EXEMPLO, REAGENTES.

O serviço de laboratório foi normalizado e funciona de forma efetiva.

5. ALÉM DE APARELHOS ANTIGOS OU QUEBRADOS.

O HE recebeu mobiliário hospitalar que inclui: 50 poltronas de observação, 6 camas elétricas, 100 novas camas hospitalares, 99 suportes de soro, 4 sofás camas e 39 leitos infantis. E também equipamentos hospitalares: 10 aspiradores, 10 monitores multiparâmentros, 4 desfibriladores, 3 carros de emergência, 1 Dermatomo (para o Setor de Tratamento de Queimados). Todo o material foi adquirido por meio de recursos da Rede de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde.

O equipamento de Raio X do HE é novo e está realizando normalmente os exames. Os exames de ultrassom também estão sendo realizados, normalmente.

6. CONSTATAMOS FALTA DE HIGIENE. NO MOMENTO NÃO TINHA DETERGENTE PARA LAVAR AS MÃOS E NEM TOALHA DESCARTÁVEIS. UMA DAS PIAS ESTAVA SEM TORNEIRA. ASSIIM COMO EM OUTROS AMBIENTES DO HOSPITAL O DESCARTE DE MATERIAL PERFURO CORTANTE ESTAVA IRREGULAR.

No período da inspeção do CRM apenas 30% dos funcionários das empresas terceirizadas que prestam serviço de limpeza e higienização estavam atuando, porque paralisaram as atividades. A situação já foi contornada e o serviço restabelecido.

7. SEMI-INTENSIVA – INSTALAÇÃO ELÉTRICA IMPROVISADA NA SEMIINTENSIVA. ONDE HÁ MUITOS APARELHOS. DE ACORDO COM RELATOS DOS FUNCIONÁRIOS, HÁ PANE ELÉTRICA SEMANALMENTE. E OS PACIENTES PRECISAM SER AMBUZADOS (RESPIRAÇÃO MANUAL). O PROBLEMA OCORRE, SEGUNDO ELES, PORQUE MUITOS APARELHOS SÃO LIGADOS EM UMA SÓ TOMADA

Passou por reforma geral e foi transformada em UTI-2 com 4 leitos o que permitiu ampliar para 10 o número de leitos em UTI no HE.

8. SALA VERMELHA – A SALA VERMELHA (LOCAL PARA ATENDIMENTO AO PACIENTE GRAVE NO PRONTO-SOCORRO) ESTAVA SEM DESFIBRILADOR E SEM CAIXA DE DESCARBOX (USO O DESPREZO POR MATERIAIS PERFURO CORTANTES), CENTRO CIRÚRGICO.

No HE não há sala vermelha e sim uma sala de emergência totalmente equipada para o atendimento, com equipamentos novos que foram adquiridos recentemente. Atualmente, a direção trabalha para transformar a sala de urgência em vermelha.

9. INCONSTÂNCIA DO ESTOQUE DE MEDICAMENTOS ANESTÉSICOS, QUE POR HORA FALTAVA, SUCCINILCOLINA, ATRACÚRIO. FALTA DE MATERIAIS ORTOPÉDICOS TIPO PRÓTESES. ALÉM DE FALTA DE LUVAS DE PROCEDIMENTO E LUVAS ESTÉREIS

A Secretaria de Estado da Saúde está em fase final de um processo para aquisição de medicamentos e correlatos que irá suprir a demanda da rede estadual por um ano.

10. HOSPITAL SEM AMBULÂNCIA

No período da vistoria do CRM a ambulância estava com problema técnico, entretanto a hospital recebia reforço das ambulâncias da rede hospitalar.

9. COM A TERCEIRIZADA – EMPRESAS TERCEIRIZADAS COM APENAS 30 POR CENTO DO PESSOAL PORQUE OS PAGAMENTOS DO GOVERNO ESTAVA ATRASADO HÁ 3 MESES ATRA SADOS.

A situação já foi contornada e o serviço restabelecido.

Seles Nafes
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